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Archive for the ‘Privacidade Internet’ Category

Como fica sua privacidade com o novo atrevimento do Google!!!!

3 de fevereiro de 2012 Deixe um comentário

Todos estão recebendo e-mails, pop-ups e alertas do Google sobre sua nova “Política de Privacidade”. A partir de 1º de março, usuários que continuam usando os serviços tacitamente declaram concordância com as novas regras impostas pelo provedor de serviços. Longe das declarações superficiais, apaziguadoras e que nunca dizem toda a verdade, por parte dos representantes do Google, é hora do cidadão saber realmente como ficará sua privacidade. Se você acha que esta informação é dispensável, talvez não tenha percebido o valor deste direito – o direito de proteção dos dados pessoais, o direito de estar só, de não ser rastreado ou ter padrões, comportamentos privados e hábitos logados a cada passo que se dá no mundo virtual. Primeiramente, na verdade, nada é para melhorar a “comodidade dos internautas”. Você realmente acredita nisso? O fato é que hoje, além da política de privacidade geral, alguns serviços do provedor tinham regras próprias, adicionais. Com a nova política, estas regras (aproximadamente 60) ficam agrupadas em uma única regra. E o que tem de mal? Em se unificando as políticas, o Google também se permite utilizar o que já estruturou antes de consultar o cidadão: um grande centro de mineração de dados, um poderoso cérebro de cruzamento, que agora, agrupará informações de todos os serviços, antes separados, isolados. Quais os efeitos? Um cidadão que tenha uma conta de e-mail Gmail quebrada por determinação da Justiça, como os dados agora são coletados por um todo, poderá ver sua privacidade em outros serviços (Blogger, Orkut, Docs etc.) quebrada. Não há garantias que diante desta nova política, não fique mais fácil a autoridades e interessados obterem dados além dos necessários para uma investigação ou repressão de um ato ilícito. Imagine que você faz uma pesquisa relacionada a sexualidade no buscador e neste momento, YouTube e Gmail são influenciados por esta busca; no Orkut ou Google+, perfis de vendas de produtos eróticos lhe enviam mensagens. Como se livrar deste rastro? Você está no caminho de uma reunião. O tráfego parece estar diminuindo. Um texto surge: “você vai se atrasar, pegue a próxima saída para a rota alternativa”. Você realmente deseja esta facilidade proposta pelo Google? Pois bem, para isso acontecer, considere que o Google bisbilhotou sua localização de seu celular Android e além disso fuçou no seu Calendar, para saber para onde você ia e quais seus compromissos! Segundo a revista ScientificAmerica, teríamos também um problema grave de integração de dados entre contas diferentes. Imagine que você tem uma conta pessoal (usada para diversão) e outra profissional? Você gostaria de ter a integração entre ambas, relacionamentos, contatos, termos pesquisados? Pense bem… A revista vai além, e explica que mais um problema futuro seria o descobrimento dos usernames, pois o Google+ solicita nomes reais e outros serviços, como YouTube, não. A partir de 01 de março, em tese, seu nome real poderia aparecer em todos os seus produtos Google. Legal? Ao passo em que aprimora sua gestão de informações, o Google passa a ter um dossiê global e integrado de cada usuário de Internet, com cabeçalhos HTTP, IPs, localização geográfica, termos procurados, sua agenda do Calendar, conversas do Gtalk, documentos do Docs, etc. etc. Imagine tudo isto integrado, nas mãos das pessoas erradas? Cada serviço do Google tem sua característica, o que demanda proteções adicionais de privacidade. Não se pode, em prejuízo do principio da especificidade (ou especialidade), conceder a serviços distintos regras idênticas. Cada dado deve ser coletado para finalidade específica. Agora, crio um simples e-mail e dou o direito ao Google de usar estes dados em todos os seus outros serviços? Sim! Não existe finalidade! E aliás, esta unificação parte da base mais protetiva à privacidade ou mais aberta? Com certeza da mais aberta. Pegue o serviço do Google que mais lhe dá direitos em relação a dados de usuários, unifique a todos os demais e pronto, estamos oferecendo “comodidade, facilidade aos internautas”. Não se trata de comodidade, mas de estratégia para anúncios focados, para lucrar com seus dados. Igualmente, é obscura a declaração da Privacy Officer do Google de que “os governos requisitaram regras menores e mais simples em relação à privacidade”. Fica clara a intenção, favorecer quebras de sigilo, investigações e anúncios publicitários. E para o usuário, o que resta? Não fazer login? Ignorar sua privacidade rumo a “novas experiências”? Não! Cabe ao Google nos dar o direito de escolhermos e desativarmos a combinação, conexão e intercâmbio de informações. Lembrando que pelo anteprojeto de Lei de proteção de dados pessoais, toda a combinação de informações deve ser previamente e expressamente autorizada pelo usuário, que aliás poderá revogá-la a qualquer momento. Não devemos buscar somente o direito de desligar anúncios, mas de desligar esta correlação de informações. Não devemos buscar o direito de limpar o histórico, mas efetivamente limpar os registros dos servidores do provedor… O cidadão que quiser, por exemplo, manter dados desvinculados entre os serviços, segundo o Google só teria duas saídas: ou não fazer login ou criar novas contas. Imagine-se com uma conta para cada serviço? É hora de buscarmos nossos direitos inerentes à privacidade digital, como os de poder peticionar e conhecer realmente cada informação que o provedor coleta sobre nós, o de realizar as chamadas “auditorias de privacidade” e principalmente o de “opt-out” de mudanças suspeitas nas regras do jogo, como a presente. Nos Estados Unidos, um bom exemplo: os republicanos Ed. Markey e Joe Barton já solicitaram à Federal Trade Comission (FTC) a investigação das violações à privacidade estampadas pela nova política (Veja carta aqui), zelando, efetivamente, pelos direitos dos usuários. Então me desculpe, mas não vejo benefício algum na política do Google, a não ser para aqueles ávidos em conhecer o que fazemos: anunciantes, empresas, governo e ao próprio Google, que terá mais tráfego em seus serviços. Você pode até pensar, “Ora, mas o Google já faz isso há tempos!” Ok, mas agora passa a legitimar seus atos, em uma política em que, ou você concorda ou está praticamente fora da Internet. Precisamos de figuras que também defendam nossa privacidade no Congresso. Pense, e veja se não é hora de exigir de nossos Congressistas maior atenção a estes temas e aos nossos direitos. Aliás, para nós, nossos direitos, para o Google, “idéias erradas”. Pense bem antes de colocar seus dados nesta teia. Ou realmente você acredita que oferecer lembretes de sua reunião é mais importe do que seus dados e seu sagrado direito à privacidade? Continue achando que o que é de graça não se questiona. Não há nada de graça, o preço de tudo isso são seus dados pessoais, o rastreamento da sua vida. Em síntese, como bem disse Jeff Chester, um cão de guarda da privacidade, Diretor do Centro de Democracia Digital, a partir de primeiro de março, receberemos uma “camisa de força digital”, forçados a compartilhar informações pessoais, sem defesa. Até quando a destruição de nosso direito à privacidade será coberto pelo falso manto da “otimização da experiência do usuário”? Não queremos novas experiências impostas, mas liberdade para construí-las, quando bem nos convier.

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Adobe admite falha crítica no plugin Flash

16 de março de 2011 Deixe um comentário

Em algum lugar de San Francisco, nos Estados Unidos, Steve Jobs está rindo e bradando: “eu não disse?”. Isso porque a Adobe divulgou na segunda-feira (14) em sua página um boletim de segurança apontando para uma falha crítica no Flash Player que afeta navegadores nos sistemas operacionais Windows, Mac OS X, Linux, Solaris e Android. Ou seja, praticamente toda a população da internet – menos os aparelhos iOS, que são incompatíveis com o plugin.

A brecha no Flash poderia causar uma falha que travaria o sistema ou permitir a invasão ao computador ou dispositivo afetado, deixando o hacker com total controle da máquina. Já há até um código malicioso em um arquivo SWF do plugin embutido em uma planilha do Excel (XLS) em um anexo de e-mail. Por isso, tenha muito cuidado na hora de abrir arquivos em correio eletrônico, ou simplesmente evite qualquer mensagem de remetente desconhecido ou com conteúdo suspeito.

O exploit pode afetar ainda o Acrobat e o Reader, também da Adobe, mas a empresa afirma que ainda não há informações de ataques utilizando tais programas. Por via das dúvidas, a precaução com anexos de e-mail deve ser tomada também com os formatos PDF.

A notícia já é ruim, mas fica pior ainda: a falha pode até já ser conhecida pela Adobe, mas a companhia ainda não oferece solução. A empresa garante que está trabalhando em uma atualização que conserte o problema, mas ainda não antes do update já programado para daqui a três meses, em 14 de junho.

Não é a primeira e provavelmente não será a última brecha na segurança do plugin Flash. Isso, além de um suposto consumo exagerado de bateria, são os motivos alegados por Steve Jobs para insistir em não oferecer suporte no sistema móvel da Apple, o iOS, que equipa o iPhone, iPod touch e iPad. Talvez Jobs tenha certa razão e pode ser também mais uma oportunidade para a Adobe repensar o funcionamento do software e, talvez, apresentar uma solução melhor e mais segura.

Brasileiro é 2º que mais sofre golpes na web.

29 de outubro de 2010 Deixe um comentário

Mais de três quartos de todos os usuários de internet no Brasil já foram vítimas de crimes cibernéticos, como vírus de computador, fraudes online de cartão de crédito e roubo de identidade.

O dado faz parte de um relatório da fabricante de softwares de segurança Norton, apresentado nesta quarta-feira (27).

Segundo o estudo, 65% dos internautas de todo o mundo já foram afetados por golpes digitais. Entre os países em que a prática é mais comum, a China lidera, com índice que chega a 83%. O Brasil vem em segundo lugar empatado com a Índia (76%), à frente dos Estados Unidos (73%).

Apesar do risco, os internautas demonstram aceitar os crimes virtuais sem reagir. Conforme a pesquisa, apenas 3% das pessoas consideram que esse tipo de prática vai acontecer com elas, e cerca de 80% acreditam que os criminosos cibernéticos não serão levados à Justiça.

O relatório mostra ainda que 49% dos adultos afirmam que não mudariam seu comportamento caso se tornassem vítimas e que menos da metade (44%) reportou os crimes de que foram alvo à polícia.

O consultor líder em segurança cibernética da Norton, Adam Palmer, ressalta que reportar um crime cibernético é fundamental. “Todos nós pagamos pelo crime cibernético, seja diretamente ou pela transferência de custos das nossas instituições financeiras”, afirmou, em nota.

“Os criminosos cibernéticos roubam pequenas quantias propositalmente para não serem detectados, mas todos esses pequenos furtos acabam representando um grande montante. Se você não reportar uma perda, pode na verdade estar ajudando o criminoso a ficar fora do radar”.

A empresa explica que a melhor defesa contra o crime cibernético, e a melhor maneira de se proteger, é navegar pela internet com um software de segurança completo e atualizado.

Celulares modernos arriscam cada vez mais privacidade e segurança Publicidade

17 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Há certas coisas que você não deseja compartilhar com desconhecidos. No meu caso, por exemplo, tive várias mensagens de texto muito pessoais enviadas pelo meu marido, durante os primeiros dias do nosso relacionamento.

Gravadas no cartão de meu celular –mas invisíveis no meu celular atual e, assim, esquecidas– aqui estão elas agora, exibidas em toda a sua glória na tela do computador de um estranho.

Lucas Jackson/Reuters
Próxima geração de telefones celulares será usada para manter o controle de sua saúde, do dinheiro da loja e fazer transações de pequeno porte
Próxima geração de telefones celulares será usada para manter o controle de sua saúde, do dinheiro da loja e fazer transações

Em uma sala sem janelas de uma propriedade industrial em Tamworth, no Reino Unido, três analistas de celulares em camisas azuis, sentados em seus terminais, examinavam com cuidado o conteúdo do meu telefone e sorriam.

“Se serve de consolo, nós teríamos encontrado as mensagens, mesmo se você as tivesse excluído”, diz um deles.

Mais embaraçoso ainda, mensagens de texto não são a única coisa com que tenho que me preocupar. “Isto é uma foto de seu escritório?”, outro pergunta.

“E você comeu pizza na noite de segunda-feira? E por que você se desviou de sua rota ao trabalho para visitar este endereço em Camberwell, Londres, no sábado?”

Análise forense de celular

Eu estou na DiskLabs, uma empresa que trabalha com análise forense de celulares para a polícia do Reino Unido, e também para outras empresas privadas e indivíduos que desejam bisbilhotar empregados ou cônjuges suspeitos.

Fico espantada de saber da quantidade de informações pessoais que podem ser recolhidas de nossos aparelhos e cartões de memória utilizados.

Uma década atrás, as memórias de nossos telefones podiam basicamente lidar apenas com mensagens de texto e uma lista de contatos. Atualmente, os últimos smartphones (celulares inteligentes) lançados incorporam GPS, conectividade Wi-Fi e sensores de movimento.

Eles fazem automaticamente downloads de seus e-mails e compromissos do computador do escritório, e vêm com a capacidade de rastrear outros indivíduos em sua vizinhança imediata. E há muito mais para vir.

Entre outras coisas, você poderia usar a próxima geração de telefones para manter o controle de sua saúde, do dinheiro da loja e fazer transações de pequeno porte –algo que já está acontecendo no Ásia Oriental, por exemplo.

Phishing além dos PCs

Essas mudanças poderiam muito bem ser exploradas da mesma maneira que o e-mail e a internet podem ser usados para “phishing”, por meio do qual se obtêm informações pessoais delicadas, como dados bancários.

De fato, algumas fraudes relacionadas a telefones celulares já estão surgindo, inclusive uma que usa celulares reprogramados para interceptar senhas de contas bancárias de outras pessoas on-line.

“Os celulares estão se tornando uma parte importante de nossas vidas”, diz Andy Jones, chefe de pesquisa de segurança da informação da British Telecommunications. “Confiamos e dependemos cada vez mais deles. Com isso, o potencial para fraudes só aumenta.”

Assim, quão seguros estão os dados que armazenamos em nossos telefones? Se estamos começando a usá-los como diários e carteiras combinados, o que acontece se os perdermos ou forem roubados? E se simplesmente os utilizarmos como parte do pagamento para comprar outro?

De acordo com a Aliança para Design e Tecnologia Contra o Crime do Governo do Reino Unido (DTAAC, na sigla em inglês), 80% dos cidadãos do país mantêm informações nos aparelhos que poderiam ser utilizadas para cometer fraudes –e cerca de 16% deixam seus dados bancários em seus telefones.

Eu pensava que o meu Nokia N96 iria me reservar apenas umas poucas surpresas, já que eu o estava usando por somente algumas semanas quando o submeti à Disklabs. No entanto, seus analistas provaram-me que estava errada.

Sports Tracker

Além das mensagens de texto guardadas no meu cartão de memória, as informações pessoais mais detalhadas que podiam ser recolhidas em meu celular vinham de um aplicativo chamado Sports Tracker.

Ele permite que os usuários meçam seu desempenho atlético ao longo do tempo, e eu o estava usando para medir o quão rápido eu poderia pedalar por Londres para ir ao trabalho.

Ele registra a distância percorrida, a velocidade mais rápida em diferentes pontos do percurso, mudanças de altitude e aproximadamente quantas calorias eu queimei.

Mas quando a DiskLabs baixou os dados para seu computador e navegou pelo Google Maps e Street View, eles foram capazes de obter imagens da frente do meu escritório e da minha casa –com o número da residência claramente visível.

O Sports Tracker também registrou a que horas eu normalmente saía de casa de manhã e quando eu voltava do trabalho. “Eu poderia te perseguir com exatidão”, diz Neil Buck, analista sênior da Disklabs.

Eu tinha escolhido deliberadamente deixar o Sports Tracker ligado. E muitas outras pessoas podem não ter parado para pensar como esse tipo de programa pode ser usado contra elas.

Latitude

Em fevereiro, o Google lançou Latitude, um software para smartphones que compartilha a sua localização com os amigos.

Ele pode ser desativado, mas o grupo Privacy International está preocupado com as configurações complexas do programa, e diz que é possível que o Latitude transmita a sua localização para outros sem o seu conhecimento.

“O Latitude pode ser um presente para stalkers [perseguidores], empregadores vigiando, parceiros ciumentos e amigos obsessivos”, adverte a organização.

Fonte : Folha online