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“Se tudo correr bem, em 2011 inicia o processo de LTE ( 4G ) no Brasil”, diz Branco Infra-Estrutura PDF Imprimir E-mail

27 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Executivo da NEC acredita que se todo o processo de adequação da faixa 2,5GHz para a banda larga móvel for acertado até o final desse ano, o Brasil estará preparado para receber os dois eventos esportivos. Por outro lado, a empresa aposta na tecnologia 4G.

A NEC do Brasil está com grande expectativa para que a regulamentação da frequencia para o uso da banda larga móvel seja resolvida logo, para o investimento em LTE (Long Term Evolution). O vice-presidente do conselho de administração da NEC Brasil, Paulo Castelo Branco, diz que a tecnologia é muito mais “flat horizontal” e que ela é melhor, assim como possuir uma topologia de rede maior e acessível.

De acordo com o executivo, a NEC do Brasil ainda não investiu na fabricação de LTE e até o momento trabalha em projetos de consultoria e análise, como é o caso do envio da sua sugestão para a consulta pública número 31 da Anatel, que discute a mudança do uso da frequencia de 2,5GHz. “Fizemos um grande investimento em produtos e capacitação de funcionários para o segmento de WiMAX no País e, por causa da falta da homologação, não tivemos retorno e os produtos estão emperrados ”, diz o executivo.

Quanto aos produtos com tecnologia 3G, a NEC não teve grande interesse em fabricar os dispositivos WCDMA. Porém, há grande interesse de que o governo estipule logo a legalização da freqüência 2,5GHz, porque “é essencial tanto para FDD quanto para TDD”, diz Branco.

Branco acredita que as empresas (MMDS e Operadoras de telefonia móvel) vão conseguir trabalhar com o modelo de partilha das faixas, proposto pela Agência Nacional de Telecomunicações, que destina o Serviço Móvel Pessoal (SMP) de 140 MHz dos 190 MHz da faixa mais conhecida como 2,5 GHz, sendo 50MHz ao WiMAX e 50MHz para o LTE.

“É importante lembrar que no Brasil, antes dos dois grandes eventos esportivos, a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas no Rio de Janeiro (2016), também acontecerão outros eventos, como as Olimpíadas Militares, além de ter anualmente a Fórmula 1. É essencial que as especificações técnicas estejam alinhadas para oferecer os serviços com qualidade”, enfatiza Branco.

Em outros países de atuação, segundo uma fonte da área de telecomunicações, a empresa já está realizando no Japão testes com a tecnologia 4G para as operadoras SoftBank e NTT DoComo. A implementação está prevista para iniciar a partir de 2010.

Para o representante da NEC, o projeto de implementação no Brasil não acontecerá de um dia para outro, mas as empresas (como operadoras, fabricantes e provedores) devem estar cientes do que será necessário para melhorar os serviços. “Depois da definição de freqüência, será um processo de estudos e investimentos de todo o setor. Acredito que, se tudo correr direito, os processos de implementação começarão a partir de 2011 no Brasil” prospecta.

Plano Nacional de Banda Larga: Minicom conversa com telefônicas

8 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Nesta quinta-feira, 8 de outubro, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, se reuniu com representantes das cinco maiores operadoras telefônicas do país, para avaliar formas de facilitar e baratear a oferta de acesso à banda larga, com vistas à elaboração do Plano Nacional de Banda Larga. Na reunião, a intenção era discutir formas de colaboração da iniciativa privada. O Plano Nacional está sendo elaborado por grupos interministeriais, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto será entregue ao presidente Lula até novembro.

Hélio Costa se reuniu com os presidentes da Telefônica, Antonio Carlos Valente; da Oi, Luiz Eduardo Falco; da Embratel, José Formoso; da Claro,  João Cox, e da TIM, Luca Luciani. O ministro quer a cooperação das companhias que operam no país os serviços de telefonia fixa e móvel para ampliar o serviço de acesso à internet nas cidades brasileiras.

Segundo Hélio Costa, a participação da iniciativa privada é decisiva para ampliar a infraestrutura de telecomunicações no país. “Sem as empresas é absolutamente impossível enfrentar esse grande desafio”, comentou. O ministério avalia que serão necessários investimentos superiores a R$ 10 bilhões para a para implementação do Plano Nacional de Banda Larga. Ele esteve reunido com o presidente Lula no final da manhã para tratar do assunto.

Na avaliação do ministro, a participação das empresas pode ser a chave para o sucesso da meta do governo de ampliar os serviços de banda larga no país. Ele lembrou que, graças a um acordo com a iniciativa privada foi possível implantar o Programa Banda Larga nas Escolas. Por iniciativa do Ministério das Comunicações, as empresas aceitaram trocar algumas das obrigações do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) pela garantia da conexão de banda larga à internet em 50 mil escolas públicas até o final de 2010. “Hoje, temos 30 mil escolas públicas conectadas na área urbana”, comentou.

A importância do barateamento do link para o backhaul e a necessidade de incluir as grandes operadoras de telefonia no debate sobre acesso à banda larga já vinham sendo discutidas por atores ligados ao tema. A questão foi um dos principais assuntos debatidos no Fórum Nacional de Cidades Digitais, realizado nos dias 1 e 2 de outubro, em Brasília (DF). No evento, palestrantes e participantes salientaram o fato de o alto custo para conexão com o backhaul, operado pelas concessionárias de telefonia, ser um dos principais empecilhos para o estabelecimento de novas cidades digitais.

Governo quer Adotar a faixa de 2,5 GHz no plano de banda larga e pede para Anatel frear processo

6 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Referencia convergencia digital

Além da infraestrutura por redes de fibras óticas, o Plano Nacional de Banda Larga, que o presidente Lula quer ver pronto até meados de novembro, vai exigir uma melhor coordenação de iniciativas que tenham impacto no acesso dos brasileiros à internet.Por isso, até a distribuição de radiofrequências terá que ser integrada ao projeto e a primeira medida do governo nesse sentido foi pedir à Anatel que não tenha pressa em fazer o leilão da faixa de 2,5 GHz, atualmente em consulta pública aberta pelo órgão regulador.

Afinal, como defendem os interessados, trata-se de uma faixa do espectro ideal para a transmissão de grande quantidade de dados, cobiçada tanto pelos operadores de MMDS, que esperam oferecer banda larga via WiMAX, quanto pelas operadoras móveis, para quem a frequência é importante para ampliar o mercado 3G. Mas o esforço do governo deve se estender para outras faixas, como a de 450 MHz, cuja previsão do Ministério das Comunicações é ser destinada para levar acesso às áreas rurais do país.

Além disso, começam a ser discutidas eventuais alterações na Lei Geral de Telecomunicações, o marco regulatório do setor, uma vez que a própria regra prevê sua revisão periódica. Dentro do grupo criado pelo presidente para costurar o Plano Nacional de Banda Larga, um subgrupo ficará especialmente dedicado para pensar nessas eventuais mudanças, assim como no uso de diferentes radiofrequências.

Não é certo ainda, porém, que esse lado das medidas esteja pronto na data prevista pelo presidente Lula. Caso isso não aconteça, o mais provável é que o governo avance logo no que está mais adiantado – ou seja, na própria infraestrutura – e deixe para incorporar mais tarde a parte regulatória e que envolve engenharia de espectro.

Até porque pelo menos na parte da infraestrutura, o Plano vai avançado. A intenção é se valer da vasta rede de fibras óticas da Eletronet e de estatais como Petrobas, Chesf, Furnas – uma teia de 31,4 mil km que passa por 4,2 mil municípios em 24 unidades da federação. Como esse grande backbone já existe, a primeira meta no campo da infraestrutura é conectar a essa rede municípios que estão a até 100 km das fibras – e é isso que se calcula em R$ 1,1 bilhão.

Essa conta, porém, pode chegar a R$ 3 bilhões caso o próprio Estado tenha que arcar com o custo de instalação dos acessos. Mas o plano principal ainda é contar com a participação da iniciativa privada nessa parte, seja pelas operadoras de telefonia ou pequenos provedores de internet. Nesse caso, seriam negociadas trocas: o governo abre seu backbone e backhauls e as empresas fornecem acesso gratuito a delegacias, hospitais e postos de saúde, escolas rurais, etc.