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Mais da metade dos laptops vendidos em 2008 foram contrabandeados, revela estudo

24 de outubro de 2009 2 comentários

Muitos produtos da linha de informática ainda são comercializados ilegalmente e o resultado é a enorme perda de receita para o Brasil. Essa afirmação vem do Instituto Brasil Legal (IBL), que apresentou um estudo sobre a ilegalidade eletrônica no País.

O documento mostra que, em 2008, o mercado ilegal representou 35% do total comercializado. As vendas de notebooks foram de 12 milhões no período, e os equipamentos não declarados representaram 7,8 milhões. Atualmente, o País ocupa a quinta posição mundial em número de computadores pessoais vendidos.

Segundo o presidente da IBL, Edson Vismona, o chamado de “Mercado Cinza” traz como consequencia a redução da empregabilidade, fuga de investimentos (interno e externo), o desestimulo à pesquisa, subfaturamento de produtos importados, sonegação e sucateamento e fechamento da indústria nacional.“Além dos notebooks, também ocorre a importação ilegal de outros equipamentos e acessórios, como cabos e modems, que entram no território nacional sem a homologação da Anatel”, acrescenta.

Quando esses produtos entram no mercado nacional, acontece uma competitividade desleal, porque os preços oferecidos são bem inferiores aos equipamentos fiscalizados e com garantias. A curiosidade apontada pela entidade é que a maioria dos produtos ilegais apreendidos estava nas prateleiras de grandes lojas do varejo. Entre as marcas comercializadas ilegalmente estavam a Acer, Toshiba e Asus.

O representante da IBL avalia que algumas decisões do governo estão favorecendo o mercado cinza. Um dos exemplos é a criação da “lei dos sacoleiros”, que autoriza uma pessoa jurídica trazer anualmente para o Brasil – pelo Paraguai – até R$ 110 mil em mercadorias, sem a obrigatoriedade da declaração na Receita Federal. A IBL entende que a Receita Federal e outros órgãos do governo não têm condições de fiscalização. Além disso, o consumidor não tem garantias para reparo dos produtos.

Para Vismona, a medida foi tomada porque a Policia Federal resolveu aumentar a fiscalização na Ponte Internacional da Amizade, que divide o Brasil e o Paraguai, sobre a entrada dos produtos originários do Paraguai. O Brasil usou a estratégia da boa vizinhança. “Foi uma forma de tapar os olhos e favorecer a esse comércio proveniente da Cidade del Leste. A medida entra em vigor a partir de maio de 2010. Essa lei terá um impacto negativo, porque o Brasil perderá até 25% de imposto”, avalia.

Rota de fuga
Por causa da geografia ampla, o Brasil oferece aos contrabandistas a opção de diversos caminhos de entrada. Vismona indica trajetórias como os portos marinhos, aeroportos e, principalmente, a fronteira seca, sendo o Paraguai, Uruguai e Argentina. “Ultimamente os produtos começaram a entrar também pela Zona Franca de Manaus (AM) e pelo Amapá, vindos da China, passando por Miami (EUA), pelo Porto Iquique (no Chile) e cruzando a Bolívia por uma estrada vicinal de 40Km até chegar ao Brasil”.

O estudo do IBL aponta que os traficantes trabalham para organizações estruturadas e bem sofisticadas, atuando em outros segmentos como tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro. “Não é um comércio especializado em informática. O foco é faturar ilegalmente”, diz Vismona.

Apesar dos números alarmantes, o levantamento apresenta redução da ilegalidade de 2005 até aqui, proporcionada pela operação Gray, que abrange 62 estabelecimentos comerciais, distribuidores e importadores de computadores portáteis. Além disso, conforme indica a IBL, o mercado nacional está crescendo e se reestruturando, tendo como exemplo a redução significativa dos preços.

O governo federal liberou R$ 300 milhões para a compra dos scanners que utilizados na fiscalização dos aeroportos e portos. Porém, conforme avalia Vismona, o modelo criado não é uma alternativa lucrativa, porque o governo terá que desembolsar uma quantidade enorme de verba pública. “O ideal é fazer uma licitação de serviços e as empresas serem responsáveis pelos produtos, pagando por cada contêiner fotografado. Essa defesa se baseia porque o governo tem verba para comprar, mas não para manutenção e os equipamentos precisam de constantes verificações”, diz.

Uma das propostas do instituto e que está em negociação com o governo é manter a isenção das taxas de PIS/COFINS dos computadores, que se dá nas vendas ao consumidor final. A decisão estimularia os investimentos externos e a competitividade do Brasil no mercado mundial, principalmente em relação a concorrentes como a Índia.

Outra proposta é o aperfeiçoamento da fiscalização do Processo Produtivo Básico (PPB). Vismona diz que apesar de algumas empresas terem iniciado a fabricação no Brasil, não há garantias de que os equipamentos sejam nacionais. “Muitos modems e placas inseridos nos produtos são contrabandeados e sem o selo de fiscalização da Anatel”, diz. Também é necessário acabar com o sigilo do importador e aperfeiçoar o banco de dados do SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior.

“Têm que ser efetivamente cumprida as regras e que os produtos sejam fiscalizados. Para acabar de vez com essa situação, todos devem obedecer, e isso não serve só para as nacionais”, enfatiza Vismona.

Oi prioriza Banda Larga, telefonia móvel e 3G nos próximos três meses

23 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Com um investimento estimado em R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões em 2009 – até setembro, foram aportados R$ 3,2 bilhões, a Oi revelou que o montante restante será, prioritariamente, destinado para a Banda Larga ( fibrar cidades da região da Brasil Telecom) e para a telefonia móvel ( R$ 600 milhões, para melhorar a qualidade do serviço, especialmente, na 3G), além de aportes em TI por conta da integração com a Brasil Telecom. Apesar de não falar de planos financeiros para 2010, a concessionária admite que o mercado corporativo, enfim, passará a ter uma atenção especial.

“Temos um backbone corporativo nacional e uma rede internacional, a Globonet, com a incorporação da Brasil Telecom. Em 2010, com certeza, vamos concorrer com os nossos rivais pelos clientes empresariais. Hoje, a receita desse segmento ainda é pequena na Oi – cerca de R$ 2 bilhões dentro dos R$ 30 bilhões arrecadados. Vamos ampliar esse percentual certamente”, disse o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Alex Zornig, que nesta quinta-feira, 22/10, participou da teleconferência de divulgação de resultados do terceiro trimestre.

Ele revelou ainda que a operação de São Paulo – ativada em outubro de 2008 – atingirá o ponto de equilíbrio no primeiro trimestre de 2010. A Oi investiu R$ 750 milhões no Estado e já conquistou 4,5 milhões de assinantes, e um market share acima de 10%.

Na ordem do dia da Oi está a banda Larga. “Vamos melhorar a capacidade de serviço da nossa rede 3G. Não vamos investir apenas na ampliação da cobertura. Aliás, ao contrário dos nossos concorrentes, enxergamos a 3G como complementar à banda larga fixa”, destilou o diretor de Finanças da operadora.

A integração com a Brasil Telecom – iniciada em janeiro – segundo ainda o executivo da Oi – está 70% concretizada. “Os 30% restantes estão dentro do previsto. É uma sinergia que envolve a área de TI e grandes investimentos na área. Na verdade, sofremos com as dores da integração”, observa Zornig.

Com relaçao ao DTH – serviço de TV por Assinatura via satélite – a Oi entrará em novembro com serviços no Paraná. Hoje, a tele já atua no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo Zornig, em 2010, a cobertura estará em todo o pais – com exceção de São Paulo.

“Ficamos fora de São Paulo porque acreditamos na oferta de pacote banda larga – fixa e móvel, telefonia e TV. E só temos móvel e 3G no estado”, explicou o executivo. Segundo a Oi, até o momento, a empresa – que não tem a programação da Globo na grade – já soma 132 mil assinantes. Zornig não deu estimativas, mas garantiu que a adesão é ‘muito superior do que era esperada’.

Balanço

No terceiro trimestre, a Oi registrou a entrada de 7,5 milhões de novos usuários no período de 12 meses encerrado no fim de setembro, ampliando sua base para cerca de 60,5 milhões de clientes, crescimento de 14,2% em relação à base pro forma de setembro de 2008. Desse total, 21,4 milhões estavam em telefonia fixa, 34,8 milhões em telefonia móvel e 4,1 milhões em banda larga fixa. Os números estão consolidados com os da Brasil Telecom, adquirida em janeiro de 2009.

De janeiro a setembro, a Oi obteve receita bruta de R$ 34 bilhões, 4,7% acima à de igual período do ano passado. Nos nove primeiros meses, o Ebitda recorrente (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 7,5 bilhões. No terceiro trimestre, o Ebitda consolidado recorrente chegou a R$ 2,6 bilhões, com margem recorrente de 35,1%.

No terceiro trimestre de 2009, a Oi investiu R$ 1,3 bilhão, 43,1% superior do que no trimestre anterior – sendo 54% na telefonia fixa, principalmente nos serviços de banda larga, e 46% para a telefonia móvel, voltados para expansão e qualidade da rede. Até setembro, o aporte ficou em R$ 3,2 bilhões.

Nesse período, a dívida líquida da Oi era de R$ 21,1 bilhões, contra R$ 21,6 bilhões do fim de junho. A redução se explica, principalmente, pela geração de caixa no trimestre, que permitiu amortizar algumas parcelas da dívida. Além disso, a valorização do real frente às outras moedas no período reduziu o custo da pequena parcela da dívida ainda exposta à variação cambial.

Vivo quer o fim da reserva de frequências no Brasil

19 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Vivo quer o fim da reserva de frequências no Brasil

A banda H, da Terceira Geração, reservada para um possível novo concorrente pela Anatel, deveria ser licitada para os atuais fornecedores o quanto antes, afirmou o presidente da Vivo, Roberto Lima, em entrevista à CDTV, do Convergência Digital.

Segundo ele, não há razão para buscar um novo entrante no País neste momento, em que há falta de espectro para a oferta de serviços de qualidade, especialmente, na banda larga móvel. O executivo também pediu uma Anatel mais ágil com relação às licitações de frequências.

A banda H, com 20 MHz – 10 MHz/10 MHz -, não foi licitada em dezembro de 2007 porque a Anatel decidiu reservá-la para um possível novo concorrente. Este ano, no entanto, com a explosão da banda larga móvel, a agência chegou a especular, em julho, que poderia tratar do tema rapidamente e determinar se a faixa pode ou não ser repassada para as atuais operadoras. Mas, até o momento, não houve qualquer posição do órgão regulador.

A demora da Anatel em deliberar sobre a faixa de 2,5 GHz também foi criticada. “Não podemos levar tanto tempo para uma decisão”. No tema Banda Larga, Lima endossou a defesa feita pelo diretor de Planejamento Estratégico da Oi, João de Deus.

“Geramos milhares de empregos, investimos no País e acreditamos que o respeito é a base de todo e qualquer diálogo”. Lima participou do Fórum Telebrasil, realizado nesta sexta-feira, 16/10, no Futurecom 2009.

Fonte convergenciadigital


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17 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Diretor de negócios de internet da operadora diz que taxa é cinco vezes acima do que a população estava acostumada a usar, por acesso discado. Quanto aos provedores, a empresa ainda não sabe quem disponibilizará os serviços.

A Telefônica realizou nesta sexta-feira (16/10), no Futurecom 2009, uma coletiva de imprensa para detalhar as ações da empresa, em relação à parceria com o governo do estado de São Paulo e a oferta da banda larga popular. Segundo Fábio Bruggioni, diretor de negócios de internet da operadora, entre as decisões, o serviço estará disponível exclusivamente para os assinantes de telefonia.

Para o executivo, a desoneração tributária ao governo paulista não terá efeito, “porque nunca existiu esse mercado de banda larga, já que as pessoas, no máximo acessavam a internet por dial-up”, diz . Bruggioni também informou que a empresa ainda não realizou um cálculo total em relação ao subsídio estatal, devido a companhia não ter iniciado a venda dos serviços. “A renúncia fiscal não é tanto significativa”, completa.

Quanto a possibilidade de incluir no processo de desoneração outros produtos e, até mesmo serviços para, o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, informou que não houve uma conversa com o governo sobre esse aspecto e que a conversa esteve focada na redução de ICMS sobre os serviços de banda larga. “Avaliamos apenas o acesso à classe C e D”.

Até o momento a Telefônica não concluiu quais os provedores que estarão incluídos no programa de banda larga popular. “Hoje, já existem alguns que trabalham com o Speedy, mas ainda está em aberto”, diz Bruggioni.

No programa de banda larga popular, a operadora decidiu oferecer uma taxa de velocidade com 250Kbps. Bruggioni explicou que a escolha foi baseada em dois aspectos de visão: consumidor e empresa.

Em relação ao consumidor, o executivo diz que o consumidor possui um modelo diferente de acesso, cujo estudo mostra que a classe C e D usa no primeiro ano apenas 40% de internet, aumentando gradativamente. “Antes, eles usavam apenas 56Kbps, com a taxa oferecida são cinco vezes maior. No primeiro momento atende”, completa. Já na questão empresarial, o executivo avalia que a operadora tem preocupações em atender e “derrubar a barreira de entrada na internet rápidal, mas que possa oferecer com qualidade”.

Speedy
Fábio Bruggioni informou que até o final do ano, haverá novas ofertas do Speedy, como prestação de serviços e suporte. Porém, ele não detalhou por causa da falta de alguns acertos contratuais. Desde que reiniciou as vendas dos planos de banda larga, no dia 26 de agosto, a operadora totalizou a venda de 111 mil novas assinatura, sendo 2300 diárias (contando sábado e domingo).

De acordo com um estudo levantado pela Telefônica no estado de São Paulo, 55% da Classe C e D utilizam a banda larga para trabalhos escolares e pesquisa, enquanto que no público A e B, só 40% usam para essa proposta. A empresa também constatou que 60% da população menos favorecida economicamente usam a internet em locais públicos e, desse total, 30% acessam todos os dias.

“Aproximadamente 1,3 milhão de pessoas, clientes da Telefônica, acessam a internet por dial-up. Nossa meta é que entre 12 e 24 meses consigamos atingir a maioria dessas pessoas com o programa do governo”, prospecta Valente.

Fonte Ipnews

Nova especificação Wi-Fi permite conexão direta entre equipamentos

16 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Com mudança, produtos sem fio podem se conectar sem passar por pontos de acesso, assim como ocorre na tecnologia bluetooth.

Apelidado Wi-Fi direto, a especificação vai deixar laptops ou smartphones se conectar diretamente com outros dispositivos sem fio.

Apesar de elogiado por alguns como fazendo Wi-Fi “mais fácil”, o que a especificação realmente faz é torná-lo mais disponível. Isso porque o rádio Wi-Fi em seu laptop não vai precisar de um ponto de acesso ou um hotspot para se conectar com impressoras sem fio, câmeras, projetores, sensores ou telas de plasma.

“Ele pode revolucionar o que as pessoas fazem com ele”, diz Edgard Fernandes, diretor-executivo, Wi-Fi Alliance, o grupo da indústria que cunhou o termo que agora é uma abreviação amplamente utilizado para redes de rádio com base no padrão IEEE 802.11. Os membros da Aliança, que incluem a Cisco, Intel e outros pesos pesados, têm desenvolvido Wi-Fi direto desde o ano passado como uma forma de permitir que um usuário com uma conexão Wi-Fi possa criar sua própria rede de área pessoal (PAN).

Wi-Fi direto configura um processo de negociação da conexão, resultando em uma relação mestre-escravo, com um dispositivo que tem o papel de “dono do grupo” para um bando de dispositivos Wi-Fi conectados juntos. O proprietário do grupo controla o domínio, administra-o, e pode conceder ou encerrar conexões Wi-Fi.

Os documentos finais do Wi-Fi direto estarão prontos antes do final deste ano, e a previsão é que os produtos sejam certificados já em meados de 2010.

Será a hora e a vez da banda larga via rede elétrica?

14 de outubro de 2009 2 comentários


A banda larga virou prioridade nacional e não faltam candidatos a levar o acesso à internet de alta velocidade – pelo menos para os padrões brasileiros – a todo o país.Como a discussão de um plano nacional de banda larga foi aberta pouco depois da regulamentação do uso das redes elétricas para transmissão de dados, não é de surpreender que a própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esteja participando do esforço do governo.

Nas contas de distribuidoras de energia interessadas em prover acesso, o PLC (Power Line Communications) tem qualidades naturais no trabalho de levar a internet para o interior do país. Para aquelas que espalharam fibras óticas por sua rede – o meio mais comum é levá-la no interior do cabo pára-raio – além do acesso virtualmente já existir, o custo será, prometem, mais baixo que o DSL.

As distribuidoras de energia interessadas em utilizar a rede de eletricidade para transmitir dados – e, portanto, oferecer acesso à internet em banda larga – já podem fazê-lo, ainda que não diretamente. A Aneel aprovou, no fim de agosto, o regulamento do PLC, a sigla em inglês para comunicações pela rede de energia.

Na prática, porém, a regra acabou desagradando o setor elétrico – ou, pelo menos, a parte do setor que já pensava em vender acesso à rede. Isso porque as regras definidas pela Aneel obrigam as distribuidoras a oferecerem o compartilhamento da rede a terceiros – elas têm fazer ofertas públicas da rede e aceitar a melhor proposta.

A Copel, por exemplo, era a distribuidora mais preparada para lançar o serviço de acesso à internet – via uma subsidiária – mas suspendeu os planos. Teme que as operadoras de telefonia façam propostas vitoriosas nessas ofertas públicas, ainda que mais tarde não utilizem plenamente a infraestrutura.

Mas para a Eletropaulo Telecom, por exemplo, a regulamentação atendeu os objetivos, já que a empresa tinha como principal objetivo ‘vender’ infraestrutura para as teles. A questão é: O custo valerá a pena? Há interesse, de fato, de investir nessa tecnologia no Brasil? A realidade mostra que ainda há muitas dúvidas com relação ao futuro do PLC.

Banda Larga móvel cresce 34% em seis meses

14 de outubro de 2009 Deixe um comentário

A 12ª edição do Baromêtro Banda Larga Cisco/IDC revela que a banda larga móvel foi o serviço de acesso com resultado mais expressivo de crescimento nos últimos seis meses. Em junho, foram contabilizados 2.668 milhões de acessos. Em dezembro, esse número estava em 1,988 milhão. O índice é dobro do obtido nas outras tecnologias de acesso – IP dedicado, ADSL, cabo, wireless fixo e satélite, onde o incremento ficou em 16%.

“A banda larga móvel cresceu significativamente apesar de ter caído percentualmente em relação ao período de junho da dezembro de 2008,mas ela mostrou uma força significativa e mostra que virou um negócio essencial para as teles”, destacou Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil, que divulgou os resultados do Barômetro nesta quarta-feira, 23/09.

Como a Anatel interviu no mercado – as operadoras móveis pisaram no ‘freio’ e reduziram as vendas em função da degradação dos serviços nos últimos dois meses, Abreu foi indagado se o segundo semestre poderia vir a ter uma queda na área. Para o presidente da Cisco Brasil, esse tipo de intervenção não deve alterar o ritmo de crescimento da tecnologia.

“Com certeza a banda larga móvel foi incorporada pelo brasileiro e as operadoras se mexem para melhorar a infraestrutura”, destacou Abreu. Para ele, como houve uma mudança no mercado de fornecedores de tecnologia, hoje, não é preciso esperar de um a dois anos para melhorar uma rede. A atualização, normalmente, ocorre num período de três a seis meses.

O Barõmetro contabiliza como banda larga móvel, os acessos à Internet feitos por desktops, notebooks e netbooks. Não leva em consideração, por razões de estratégia, do acesso à Internet por meio dos dispositivos móveis. O levamento constatou que de em junho, o Brasil contabilizava 13,6 milhões de conexões banda larga, sendo que 2,6 milhões advindas do serviço 3G.

Plano Nacional de Banda Larga: Minicom conversa com telefônicas

8 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Nesta quinta-feira, 8 de outubro, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, se reuniu com representantes das cinco maiores operadoras telefônicas do país, para avaliar formas de facilitar e baratear a oferta de acesso à banda larga, com vistas à elaboração do Plano Nacional de Banda Larga. Na reunião, a intenção era discutir formas de colaboração da iniciativa privada. O Plano Nacional está sendo elaborado por grupos interministeriais, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto será entregue ao presidente Lula até novembro.

Hélio Costa se reuniu com os presidentes da Telefônica, Antonio Carlos Valente; da Oi, Luiz Eduardo Falco; da Embratel, José Formoso; da Claro,  João Cox, e da TIM, Luca Luciani. O ministro quer a cooperação das companhias que operam no país os serviços de telefonia fixa e móvel para ampliar o serviço de acesso à internet nas cidades brasileiras.

Segundo Hélio Costa, a participação da iniciativa privada é decisiva para ampliar a infraestrutura de telecomunicações no país. “Sem as empresas é absolutamente impossível enfrentar esse grande desafio”, comentou. O ministério avalia que serão necessários investimentos superiores a R$ 10 bilhões para a para implementação do Plano Nacional de Banda Larga. Ele esteve reunido com o presidente Lula no final da manhã para tratar do assunto.

Na avaliação do ministro, a participação das empresas pode ser a chave para o sucesso da meta do governo de ampliar os serviços de banda larga no país. Ele lembrou que, graças a um acordo com a iniciativa privada foi possível implantar o Programa Banda Larga nas Escolas. Por iniciativa do Ministério das Comunicações, as empresas aceitaram trocar algumas das obrigações do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) pela garantia da conexão de banda larga à internet em 50 mil escolas públicas até o final de 2010. “Hoje, temos 30 mil escolas públicas conectadas na área urbana”, comentou.

A importância do barateamento do link para o backhaul e a necessidade de incluir as grandes operadoras de telefonia no debate sobre acesso à banda larga já vinham sendo discutidas por atores ligados ao tema. A questão foi um dos principais assuntos debatidos no Fórum Nacional de Cidades Digitais, realizado nos dias 1 e 2 de outubro, em Brasília (DF). No evento, palestrantes e participantes salientaram o fato de o alto custo para conexão com o backhaul, operado pelas concessionárias de telefonia, ser um dos principais empecilhos para o estabelecimento de novas cidades digitais.

Governo quer Adotar a faixa de 2,5 GHz no plano de banda larga e pede para Anatel frear processo

6 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Referencia convergencia digital

Além da infraestrutura por redes de fibras óticas, o Plano Nacional de Banda Larga, que o presidente Lula quer ver pronto até meados de novembro, vai exigir uma melhor coordenação de iniciativas que tenham impacto no acesso dos brasileiros à internet.Por isso, até a distribuição de radiofrequências terá que ser integrada ao projeto e a primeira medida do governo nesse sentido foi pedir à Anatel que não tenha pressa em fazer o leilão da faixa de 2,5 GHz, atualmente em consulta pública aberta pelo órgão regulador.

Afinal, como defendem os interessados, trata-se de uma faixa do espectro ideal para a transmissão de grande quantidade de dados, cobiçada tanto pelos operadores de MMDS, que esperam oferecer banda larga via WiMAX, quanto pelas operadoras móveis, para quem a frequência é importante para ampliar o mercado 3G. Mas o esforço do governo deve se estender para outras faixas, como a de 450 MHz, cuja previsão do Ministério das Comunicações é ser destinada para levar acesso às áreas rurais do país.

Além disso, começam a ser discutidas eventuais alterações na Lei Geral de Telecomunicações, o marco regulatório do setor, uma vez que a própria regra prevê sua revisão periódica. Dentro do grupo criado pelo presidente para costurar o Plano Nacional de Banda Larga, um subgrupo ficará especialmente dedicado para pensar nessas eventuais mudanças, assim como no uso de diferentes radiofrequências.

Não é certo ainda, porém, que esse lado das medidas esteja pronto na data prevista pelo presidente Lula. Caso isso não aconteça, o mais provável é que o governo avance logo no que está mais adiantado – ou seja, na própria infraestrutura – e deixe para incorporar mais tarde a parte regulatória e que envolve engenharia de espectro.

Até porque pelo menos na parte da infraestrutura, o Plano vai avançado. A intenção é se valer da vasta rede de fibras óticas da Eletronet e de estatais como Petrobas, Chesf, Furnas – uma teia de 31,4 mil km que passa por 4,2 mil municípios em 24 unidades da federação. Como esse grande backbone já existe, a primeira meta no campo da infraestrutura é conectar a essa rede municípios que estão a até 100 km das fibras – e é isso que se calcula em R$ 1,1 bilhão.

Essa conta, porém, pode chegar a R$ 3 bilhões caso o próprio Estado tenha que arcar com o custo de instalação dos acessos. Mas o plano principal ainda é contar com a participação da iniciativa privada nessa parte, seja pelas operadoras de telefonia ou pequenos provedores de internet. Nesse caso, seriam negociadas trocas: o governo abre seu backbone e backhauls e as empresas fornecem acesso gratuito a delegacias, hospitais e postos de saúde, escolas rurais, etc.