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Por um Android mais livre

27 de outubro de 2009 1 comentário

As plataformas para celulares baseados em Linux não passam de distribuições especializadas. Como acontece com outras distribuições, o sucesso ou o fracasso das plataformas para telefones depende delas conseguirem atender às necessidades de seus usuários. O Android é uma plataforma de grande destaque no momento, resultado da entrada de mais dispositivos portáteis no mercado e também das ações tomadas pelo Google em relação às distribuições derivadas dessa plataforma. Está claro que no momento o Android não atende às necessidades de todos os seus usuários, mas há mudanças em andamento que podem melhorar essa situação.

A poeira levantada pelo Google ao embarreirar o mod Cyanogen para telefones com o Android já baixou. Não dá para contestar a afirmação do Google de que o Cyanogen estava redistribuindo software proprietário de formas não permitidas pela licença. Mas várias pessoas contestaram o bom senso do Google; afinal, esses aplicativos podem ser baixados de graça em outros lugares, e só podem rodar em telefones que já vieram com uma cópia incluída. Logo, impedir sua redistribuição não traz muitas vantagens (se é que traz alguma) ao Google, e essa atitude foi um balde de água fria nas comunidades de entusiastas que promoviam o Android e tentavam aperfeiçoá-lo. Agora essas comunidades estão tentando se reagrupar e continuar com seus trabalhos, mas as regras do jogo mudaram.

Há tempos, Jean-Baptiste Queru tem sido o representante do Google mais amigo da comunidade; é evidente que ele passa bastante ajudando os outros desenvolvedores a trabalhar com o Android. Agora ele é a peça central de uma tentativa de transformar o AOSP (ou “Projeto de Código Aberto Android”) do Google em um projeto merecedor desse nome. Jean-Baptiste descobriu (meio atrasado, diga-se de passagem) qual é um dos principais obstáculos para quem deseja contribuir com a plataforma: a dificuldade de botar para rodar as alterações feitas por essas pessoas.

O alvo principal do Android são os telefones. Isso significa que, no fundo, no fundo, permitir que os desenvolvedores façam sua parte implica em grande parte em permitir que o Projeto de Código Aberto Android seja usado em telefones. E não estou querendo dizer apenas que deve ser possível compilar e inicializar o Android neles, mas sim que é preciso que ele possa ser utilizado em um telefone no dia a dia. E no momento, isso não é possível. A variedade de aplicativos é muito limitada, nem todos os aplicativos funcionam e há algumas probleminhas esquisitos no sistema.

Também não faz sentido esperar que todos os contribuidores tenham que aplicar o mesmo conjunto de patches manuais para obter um estado funcional básico. O certo seria o Projeto de Código Aberto Android funcionar de primeira em hardware mais difundido.

Qualquer um que já tenha tentado compilar e instalar o Android sabe que isso não é o que acontece hoje. Parte do problema está no enorme tamanho e complexidade da plataforma Android como um todo; e não há muito que se possa fazer nesse sentido. Mas até os donos daquele modelo de telefone voltado para os desenvolvedores do Android (o Android Developer Phone, ou ADP1), que obviamente esperavam poder desenvolver aplicativos para seus telefones, têm que conseguir um conjunto de componentes proprietários e incorporá-los ao pacote todo. Sem falar no problema dos aplicativos proprietários. Um Android totalmente livre não tem mapas, gmail e agenda, nem os aplicativos do Android Market ou os back-ends de sincronização que mantêm o sistema atualizado com a nave-mãe. Não dá para se virar com uma versão dessas em um telefone usado no dia a dia.

De acordo com Jean-Baptiste, é bom começar pelo hardware em que o Android funciona com facilidade: o ADP1, obviamente. Depois que os problemas com o hardware forem superados, pode ser uma boa ideia começar a conversar sobre os aplicativos que estão faltando. Mas até que os desenvolvedores possam criar com facilidade uma versão que rode em um telefone de verdade, não faz muito sentido se focar em objetivos maiores. Com a iminente chegada do AOSP 1.0, parece que a etapa preliminar está prestes a ser concluída.

Não deve ser tão difícil resolver os outros problemas. Se o aplicativo do gmail não for disponibilizado, dá para ler email por IMAP — e isso pode inspirar alguns a aperfeiçoar o aplicativo de email duro de engolir que vem com o Android. Há muita gente interessada em utilitários gratuitos para mapas, incluindo ferramentas como o AndNav, que tem potencial para superar o programa de mapas do Google. O AndNav funciona com dados do OpenStreetMap e faz navegação curva a curva, algo que a ferramenta do Google provavelmente nunca será capaz de fazer. O SlideME é oferecido como substituto gratuito ao Android Market. E por aí vai.

A parte mais difícil talvez inclua as ferramentas que exigem sincronização com os serviços do Google; esses protocolos nem sempre são abertos. Já ficou claro que o Projeto de Código Aberto Android, hospedado no Google, não vai hospedar software desenvolvido para protocolos que tenham sofrido engenharia reversa. Logo, se o Google continuar se recusando a disponibilizar os back-ends do gmail, da agenda e do Android Market, esses aplicativos simplesmente não serão suportados nas versões livres. É claro que nada impede a implementação de aplicativos que se sincronizem a serviços hospedados em outros lugares.

Outra área em que a presença do Google se faz notar no projeto é na licença:

A (L)GPL 3 está completamente fora de questão — a indústria de celulares tem tanto medo dela que todo o ecossistema do Android seria prejudicado se código com essa licença entrasse no Projeto de Código Aberto Android.

A GPL 2 talvez possa ser permitida em componentes novos, mas dado o esforço que o Android vem fazendo para evitar software licenciado por ela, acho que vai ser difícil.

Quem procura por um projeto mais independente pode se interessar pela Open Android Alliance, que está tentando criar uma versão totalmente gratuita do Android, sem a participação do Google. A página do projeto (hospedada, ironicamente, no Google Code) afirma que os novos trabalhos serão licenciados sob a GPL 3. Parece que os desenvolvedores da OAA não estão atados à GPL 3, mas certamente há desenvolvedores que gostariam de ver alguma licença de copyleft ser usada. Se o Google não ajudar e eles tiverem que reimplementar os aplicativos, dizem eles, o certo é que o Google não possa usar o código deles e distribuí-lo em outros aplicativos proprietários.

A Open Android Alliance tem vários desenvolvedores que supostamente estão trabalhando em diversos aspectos desse problema. Mas parece que ele não têm uma lista de discussão e nem disponibilizam código algum para download. O projeto nasceu recentemente, e sua viabilidade a longo prazo ainda não pode ser determinada.

O que está claro é que as pessoas levam a sério a ideia do “telefone aberto”. Não basta jogar um monte de código em um servidor git online; muita gente quer esmiuçar os dispositivos que possui. O Google talvez esteja começando a perceber isso, embora venha tendo problemas para equilibrar a pressão da comunidade de desenvolvedores, das operadoras de celular, dos fabricantes de hardware e de seus próprios advogados. Ainda não ficou claro se essa percepção vai se traduzir em um nível de abertura suficiente no projeto Android, mas parece que as coisas estão tomando o caminho certo.

Pelo visto, a possibilidade do Linux “dominar o mundo” no mercado de telefones está ao nosso alcance. Mas quais distribuições Linux vão participar desse sucesso? Há vários telefones com o Android por aí, mas há um número ainda maior baseado em outras distribuições Linux e na plataforma LiMo. Em breve (talvez não tão “em breve” quando alguns de nós desejariam) haverá telefones com o Maemo para nós brincarmos, e não seria de se surpreender se telefones com o Moblin aparecessem num futuro não muito distante. Algumas dessas plataformas vão se sair melhor do que outras no mercado. E é bem provável que a plataforma mais aberta, que atraia o maior número de desenvolvedores interessados, seja a vencedora.

Fonte Guia do hardware

Agência da ONU aprova carregador universal de celulares

24 de outubro de 2009 1 comentário

Um carregador de celulares que poderá ser usado em qualquer modelo de aparelho foi aprovado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), a agência da ONU que regula o setor.

Atualmente, a maioria dos carregadores só pode ser usada em marca específica de celular, e os usuários tendem a trocá-los quando trocam de telefone.

Calcula-se que anualmente cerca de 51 mil toneladas de carregadores são jogados fora todos os anos.

Os novos carregadores, além de ajudarem a acabar com esse desperdício, devem ser mais econômicos e ainda ajudar a diminuir a poluição.

Efeito estufa

A GSMA, entidade que representa a indústria de telefonia celular no padrão GSM (o mais comum no mundo), calcula que o novo aparelho ajudará na redução dos gases que causam o efeito estufa em mais de 13 toneladas.

“Carregadores universais são uma saída de bom senso que espero ver aplicada em outras áreas”, disse Malcolm Johnson, diretor do escritório de padronização de telecomunicações da UIT.

O aparelho tem uma porta USB, usando tecnologia similar a usada em máquinas fotográficas digitais.

Os fabricantes não vão ser obrigados a adotar o carregador, mas a agência da ONU diz que alguns já disseram que concordam com a mudança.

“Planejamos lançar o carregador universal internacionalmente no primeiro semestre de 2010”, disse Aldo Liguori, porta-voz da Sony Ericsson.

Oi prioriza Banda Larga, telefonia móvel e 3G nos próximos três meses

23 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Com um investimento estimado em R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões em 2009 – até setembro, foram aportados R$ 3,2 bilhões, a Oi revelou que o montante restante será, prioritariamente, destinado para a Banda Larga ( fibrar cidades da região da Brasil Telecom) e para a telefonia móvel ( R$ 600 milhões, para melhorar a qualidade do serviço, especialmente, na 3G), além de aportes em TI por conta da integração com a Brasil Telecom. Apesar de não falar de planos financeiros para 2010, a concessionária admite que o mercado corporativo, enfim, passará a ter uma atenção especial.

“Temos um backbone corporativo nacional e uma rede internacional, a Globonet, com a incorporação da Brasil Telecom. Em 2010, com certeza, vamos concorrer com os nossos rivais pelos clientes empresariais. Hoje, a receita desse segmento ainda é pequena na Oi – cerca de R$ 2 bilhões dentro dos R$ 30 bilhões arrecadados. Vamos ampliar esse percentual certamente”, disse o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Alex Zornig, que nesta quinta-feira, 22/10, participou da teleconferência de divulgação de resultados do terceiro trimestre.

Ele revelou ainda que a operação de São Paulo – ativada em outubro de 2008 – atingirá o ponto de equilíbrio no primeiro trimestre de 2010. A Oi investiu R$ 750 milhões no Estado e já conquistou 4,5 milhões de assinantes, e um market share acima de 10%.

Na ordem do dia da Oi está a banda Larga. “Vamos melhorar a capacidade de serviço da nossa rede 3G. Não vamos investir apenas na ampliação da cobertura. Aliás, ao contrário dos nossos concorrentes, enxergamos a 3G como complementar à banda larga fixa”, destilou o diretor de Finanças da operadora.

A integração com a Brasil Telecom – iniciada em janeiro – segundo ainda o executivo da Oi – está 70% concretizada. “Os 30% restantes estão dentro do previsto. É uma sinergia que envolve a área de TI e grandes investimentos na área. Na verdade, sofremos com as dores da integração”, observa Zornig.

Com relaçao ao DTH – serviço de TV por Assinatura via satélite – a Oi entrará em novembro com serviços no Paraná. Hoje, a tele já atua no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo Zornig, em 2010, a cobertura estará em todo o pais – com exceção de São Paulo.

“Ficamos fora de São Paulo porque acreditamos na oferta de pacote banda larga – fixa e móvel, telefonia e TV. E só temos móvel e 3G no estado”, explicou o executivo. Segundo a Oi, até o momento, a empresa – que não tem a programação da Globo na grade – já soma 132 mil assinantes. Zornig não deu estimativas, mas garantiu que a adesão é ‘muito superior do que era esperada’.

Balanço

No terceiro trimestre, a Oi registrou a entrada de 7,5 milhões de novos usuários no período de 12 meses encerrado no fim de setembro, ampliando sua base para cerca de 60,5 milhões de clientes, crescimento de 14,2% em relação à base pro forma de setembro de 2008. Desse total, 21,4 milhões estavam em telefonia fixa, 34,8 milhões em telefonia móvel e 4,1 milhões em banda larga fixa. Os números estão consolidados com os da Brasil Telecom, adquirida em janeiro de 2009.

De janeiro a setembro, a Oi obteve receita bruta de R$ 34 bilhões, 4,7% acima à de igual período do ano passado. Nos nove primeiros meses, o Ebitda recorrente (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 7,5 bilhões. No terceiro trimestre, o Ebitda consolidado recorrente chegou a R$ 2,6 bilhões, com margem recorrente de 35,1%.

No terceiro trimestre de 2009, a Oi investiu R$ 1,3 bilhão, 43,1% superior do que no trimestre anterior – sendo 54% na telefonia fixa, principalmente nos serviços de banda larga, e 46% para a telefonia móvel, voltados para expansão e qualidade da rede. Até setembro, o aporte ficou em R$ 3,2 bilhões.

Nesse período, a dívida líquida da Oi era de R$ 21,1 bilhões, contra R$ 21,6 bilhões do fim de junho. A redução se explica, principalmente, pela geração de caixa no trimestre, que permitiu amortizar algumas parcelas da dívida. Além disso, a valorização do real frente às outras moedas no período reduziu o custo da pequena parcela da dívida ainda exposta à variação cambial.

Especial Android: os prós e os contras do SO

23 de outubro de 2009 Deixe um comentário
Nos fóruns da internet, o sistema operacional do Google mostra sua real força. Entre vários elogios, há também críticas sobre a novidade

O sistema operacional para plataformas móveis do Google, o Android, tem tudo para ser um sucesso. Pelo menos, é o que fóruns de discussão online pelo mundo inteiro vêm apontando. O volume de mensagens sobre o software e os aparelhos lançados cresce a cada dia. Porém, mesmo com tanto entusiasmo, há algumas críticas de usuários. O IT Web selecionou cinco prós e contras mais comentados nessas listas.

Prós

  1. A plataforma aberta recebe o maior número de elogios em qualquer fórum online. Esta característica pode colocar o Android em um patamar de colaboração semelhante ao Linux.
  2. Os aparelhos lançados com o Android já partem de um novo estágio da demanda do consumidor. Eles são multitarefa, touchscreen e com acesso fácil à web.
  3. Os aplicativos web que chegam com os novos aparelhos podem não entusiasmar os mais exigentes. No entanto, é uma questão de tempo para outras centenas surgirem.
  4. Possibilidade de uso e sincronização das ferramentas online do Google de maneira fácil, assim como o uso em redes sociais.
  5. Caiu no gosto dos desenvolvedores de todo o tipo e já há tutoriais de como portar outras linguagens disponíveis para o Android.

Contras

  1. É um sistema novo e suscetível a bugs e falhas. Nos fóruns, a integração com contas POP3 e a falta de sensibilidade da interface de alguns aparelhos têm sido as mais criticadas.
  2. No Brasil, os modelos de celulares são e caros. As operadoras adotaram a mesma velha estratégia. E os consumidores sabem o quanto elas demoram para derrubar preços.
  3. Ainda não há política certa do Android Market no Brasil. Algumas operadoras estão em contato com a Open Handset Alliance, mas não há nada concreto ainda.
  4. Se os desenvolvedores se entusiasmaram logo de cara, os designers ainda não. Isto faz quase todas as aplicações terem um aspecto pouco moderno.
  5. De uma forma geral, espera-se um aumento de ataques de criminosos digitais nos celulares. As empresas de segurança tem grande preocupação com o Android e outras plataformas abertas que possam surgir.

Mas, se você quer um motivo adicional para relativizar esses pontos contras, os fóruns online podem dar um elogio pouco ortodoxo do Android: você pode esfregar um celular com Android na cara do seu amigo que há seis meses se vangloriava de ter um iPhone.

Celulares modernos arriscam cada vez mais privacidade e segurança Publicidade

17 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Há certas coisas que você não deseja compartilhar com desconhecidos. No meu caso, por exemplo, tive várias mensagens de texto muito pessoais enviadas pelo meu marido, durante os primeiros dias do nosso relacionamento.

Gravadas no cartão de meu celular –mas invisíveis no meu celular atual e, assim, esquecidas– aqui estão elas agora, exibidas em toda a sua glória na tela do computador de um estranho.

Lucas Jackson/Reuters
Próxima geração de telefones celulares será usada para manter o controle de sua saúde, do dinheiro da loja e fazer transações de pequeno porte
Próxima geração de telefones celulares será usada para manter o controle de sua saúde, do dinheiro da loja e fazer transações

Em uma sala sem janelas de uma propriedade industrial em Tamworth, no Reino Unido, três analistas de celulares em camisas azuis, sentados em seus terminais, examinavam com cuidado o conteúdo do meu telefone e sorriam.

“Se serve de consolo, nós teríamos encontrado as mensagens, mesmo se você as tivesse excluído”, diz um deles.

Mais embaraçoso ainda, mensagens de texto não são a única coisa com que tenho que me preocupar. “Isto é uma foto de seu escritório?”, outro pergunta.

“E você comeu pizza na noite de segunda-feira? E por que você se desviou de sua rota ao trabalho para visitar este endereço em Camberwell, Londres, no sábado?”

Análise forense de celular

Eu estou na DiskLabs, uma empresa que trabalha com análise forense de celulares para a polícia do Reino Unido, e também para outras empresas privadas e indivíduos que desejam bisbilhotar empregados ou cônjuges suspeitos.

Fico espantada de saber da quantidade de informações pessoais que podem ser recolhidas de nossos aparelhos e cartões de memória utilizados.

Uma década atrás, as memórias de nossos telefones podiam basicamente lidar apenas com mensagens de texto e uma lista de contatos. Atualmente, os últimos smartphones (celulares inteligentes) lançados incorporam GPS, conectividade Wi-Fi e sensores de movimento.

Eles fazem automaticamente downloads de seus e-mails e compromissos do computador do escritório, e vêm com a capacidade de rastrear outros indivíduos em sua vizinhança imediata. E há muito mais para vir.

Entre outras coisas, você poderia usar a próxima geração de telefones para manter o controle de sua saúde, do dinheiro da loja e fazer transações de pequeno porte –algo que já está acontecendo no Ásia Oriental, por exemplo.

Phishing além dos PCs

Essas mudanças poderiam muito bem ser exploradas da mesma maneira que o e-mail e a internet podem ser usados para “phishing”, por meio do qual se obtêm informações pessoais delicadas, como dados bancários.

De fato, algumas fraudes relacionadas a telefones celulares já estão surgindo, inclusive uma que usa celulares reprogramados para interceptar senhas de contas bancárias de outras pessoas on-line.

“Os celulares estão se tornando uma parte importante de nossas vidas”, diz Andy Jones, chefe de pesquisa de segurança da informação da British Telecommunications. “Confiamos e dependemos cada vez mais deles. Com isso, o potencial para fraudes só aumenta.”

Assim, quão seguros estão os dados que armazenamos em nossos telefones? Se estamos começando a usá-los como diários e carteiras combinados, o que acontece se os perdermos ou forem roubados? E se simplesmente os utilizarmos como parte do pagamento para comprar outro?

De acordo com a Aliança para Design e Tecnologia Contra o Crime do Governo do Reino Unido (DTAAC, na sigla em inglês), 80% dos cidadãos do país mantêm informações nos aparelhos que poderiam ser utilizadas para cometer fraudes –e cerca de 16% deixam seus dados bancários em seus telefones.

Eu pensava que o meu Nokia N96 iria me reservar apenas umas poucas surpresas, já que eu o estava usando por somente algumas semanas quando o submeti à Disklabs. No entanto, seus analistas provaram-me que estava errada.

Sports Tracker

Além das mensagens de texto guardadas no meu cartão de memória, as informações pessoais mais detalhadas que podiam ser recolhidas em meu celular vinham de um aplicativo chamado Sports Tracker.

Ele permite que os usuários meçam seu desempenho atlético ao longo do tempo, e eu o estava usando para medir o quão rápido eu poderia pedalar por Londres para ir ao trabalho.

Ele registra a distância percorrida, a velocidade mais rápida em diferentes pontos do percurso, mudanças de altitude e aproximadamente quantas calorias eu queimei.

Mas quando a DiskLabs baixou os dados para seu computador e navegou pelo Google Maps e Street View, eles foram capazes de obter imagens da frente do meu escritório e da minha casa –com o número da residência claramente visível.

O Sports Tracker também registrou a que horas eu normalmente saía de casa de manhã e quando eu voltava do trabalho. “Eu poderia te perseguir com exatidão”, diz Neil Buck, analista sênior da Disklabs.

Eu tinha escolhido deliberadamente deixar o Sports Tracker ligado. E muitas outras pessoas podem não ter parado para pensar como esse tipo de programa pode ser usado contra elas.

Latitude

Em fevereiro, o Google lançou Latitude, um software para smartphones que compartilha a sua localização com os amigos.

Ele pode ser desativado, mas o grupo Privacy International está preocupado com as configurações complexas do programa, e diz que é possível que o Latitude transmita a sua localização para outros sem o seu conhecimento.

“O Latitude pode ser um presente para stalkers [perseguidores], empregadores vigiando, parceiros ciumentos e amigos obsessivos”, adverte a organização.

Fonte : Folha online

Portabilidade soma mais de 3,2 milhões de pedidos

9 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Segundo o mais recente balanço divulgado pela ABR Telecom, entidade que administra a portabilidade numérica no país, até a meia noite de quinta-feira, 8/10, os pedidos de troca de operadora com manutenção do número somavam 3.253.496. Desses, 35%, (1.131.273) foram realizados por usuários de telefonia fixa e 65%, (2.122.223) originários de usuários de telefones móveis.

Quanto às transferências efetivadas, também no período acumulado, 2.473.719 pedidos de portabilidade já foram concluídos, sendo 68% (1.680.505) usuários da telefonia móvel e 32% (793.214) da fixa.

Em setembro, 92,3% dos pedidos de portabilidade numérica foram atendidos de acordo com a expectativa dos usuários do serviço que permite a troca de operadora com a manutenção do número do telefone.

Nas contas da ABR Telecom, o índice de eficiência na portabilidade tem se mantido em uma média superior a 92%. A eficiência mede o percentual de atendimento dos pedidos de portabilidade, de acordo com a expectativa do usuário, a partir do momento em que ele solicita a migração.