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Tecnologia 4G pede investimentos para chegar ao Brasil em 2014

11 de janeiro de 2012 Deixe um comentário

Conexão 3G chega a uma velocidade de 1 megabit por segundo, enquanto que a 4G passa de 10 megabits. Acesso mais rápido à internet melhora a qualidade dos vídeos vistos em tempo real, sem necessidade de download.

Não é tão antigo quanto a central telefônica da década de 1920, mas sim, o celular já virou peça de museu. Tão obsoleta quanto a pesada bateria dos primeiros “tijolões” é a ideia de um aparelho feito só para falar. A nova geração de celulares promete uma internet dez vezes mais rápida. O 3G, que ainda ontem trouxe o mundo para a palma da mão, já foi superado.

A tecnologia 4G chegou aos Estados Unidos há dois anos. A primeira empresa a oferecer o serviço no país abriu as portas para a equipe do Jornal da Globo fazer testes. Para comparar a velocidade das duas redes, a 3G e a nova a 4G, usamos dois tabletes da mesma operadora, um ligado em cada rede.

A conexão 3G chega a uma velocidade de 1 megabit por segundo, enquanto que a 4G passa de 10 megabits. O acesso mais rápido à internet melhora a qualidade dos vídeos vistos em tempo real, sem necessidade de download.

A diferença realmente é impressionante. A qualidade do vídeo em 4G é muito superior à qualidade do mesmo vídeo em 3G.

Levamos um aparelho 4G para fazer outro teste: o de download de arquivos. Oferecemos a pessoas que usam o 3G a chance de se conectarem ao wi-fi 4G, para avaliarem a tecnologia mais moderna.

Jacqueline baixou uma foto no celular. Em geral, levava 45 segundos, e levou 20. Michael testou baixar um podcast que costuma levar de cinco a dez minutos. Com o 4G, baixou em apenas um minuto. Ele se diz impressionado, “foi muito rápido”.

Japão

No Japão, os celulares são mais usados como computador de bolso ou TV portátil. Com velocidades de download que chegam até 42 Mbps no meio da rua, Mayumi assiste a um vídeo de um grupo famoso lá, enquanto aguarda uma amiga. Qualidade perfeita.

Com a conexão japonesa, já é possível fazer uma teleconferência por telefone. Quando se captam imagens neste celular e se transmite para o computador, ficam granuladas, ficam congeladas de vez em quando. Quando o 4G chegar, não tenha dúvida. A imagem será perfeita: transmissão ao vivo usando apenas um celular.

Embora as empresas americanas usem comercialmente o termo 4G, os japoneses não consideram que a tecnologia atual, a LTE, usada tanto no Japão como nos Estados Unidos, mereça esse nome. É rápida, mas não o suficiente. Por isso, é chamada ainda de 3G pelos japoneses.

Os japoneses seguem o que sugere a União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU, que considera 4G a conexão com velocidade de download de pelo menos 100 Mbps.
A tecnologia funciona perfeitamente em laboratório, mas ainda faltam alguns anos para chegar às ruas. Um dos principais desafios é reduzir o tamanho do aparelho receptor.

Brasil

Estádio do Morumbi, quarta-feira. Faltam poucos minutos para o clássico São Paulo e Corinthians pelo campeonato brasileiro. O estádio não lotou, mas está cheio. Os jornalistas já estão posicionados, e não conseguimos fazer o teste de velocidade de um celular 3G.

A internet ficou instável, lenta. A velocidade, que gira em torno de 1 Mbps, ficou bem menor, porque dividimos o sinal com todo mundo que está acessando a rede. Para a Copa do Mundo, é preciso mais.

O desafio do Brasil é maior do que o da África do Sul, porque, em 2014, os estádios estarão ainda mais cheios de smartphones e tablets. Atualmente, a telefonia móvel no Brasil funciona assim: o sinal do 3G passa por frequências de ondas entre os aparelhos e as antenas, como em uma estrada.

Quando muita gente usa o celular ao mesmo tempo, os dados emitidos e recebidos são como vários carros que congestionam a via aérea. Os sinais de alguns aparelhos são passados para estradas piores, mais lentas, as frequências do 2G. Quando isso acontece aparece aquela letra “e”, de edge (limite) no aparelho. Quando o tráfico de dados é grande demais, tanto o 3G quanto o 2G ficam congestionados e o celular fica sem sinal mesmo.

Para começar a resolver isso, no ano que vem, as operadores vão abrir os sinais 3,5G. Até a copa, deve chegar o sinal do LTE, que no Brasil também chamaremos de 4G. Todos os sistemas vão funcionar ao mesmo tempo. Se o 4G ficar congestionado, o sinal vai para o 3,5G e assim por diante.

O governo promete o 4G operando em todas as cidades-sede até a Copa do Mundo. A largada será dada em abril deste ano, com a licitação da concessão do 4G. “Na hora em que assumimos o compromisso com relação à Copa, nós assumimos o compromisso com todos os eventos intermediários. Copa das Confederações, por exemplo, é a mesma coisa”, explica Ronaldo Sardenberg, ex-presidente da Anatel.

O governo deve liberar para o 4G uma frequência de menor alcance. Com isso, as empresas, além de adaptar a rede 3G, terão que montar novas antenas e investir em fibra ótica e microondas para o escoamento de dados. As operadoras vão gastar juntas, esse ano, cerca de US$ 18 bilhões na expansão da rede.

Professor de engenharia elétrica do Instituto Mauá, Marcelo Motta explica que o Brasil está atrasado, mas que há tempo para instalar o 4G nas cidades-sede até a Copa do Mundo. “A implantação das redes 3G no país chegou defasada em relação ao mundo por três anos. O mesmo deve acontecer com o 4G. Muitas vezes se chega a essa situação de ter que investir em uma tecnologia sem ter o retorno da tecnologia predecessora”, diz.

Seja para ver vídeo, ver e-mail ou até mesmo para falar com alguém, o rápido crescimento do 3G no Brasil e o péssimo desempenho do sistema em grandes eventos mostram que o 4G será bem-vindo.

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Oi prioriza Banda Larga, telefonia móvel e 3G nos próximos três meses

23 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Com um investimento estimado em R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões em 2009 – até setembro, foram aportados R$ 3,2 bilhões, a Oi revelou que o montante restante será, prioritariamente, destinado para a Banda Larga ( fibrar cidades da região da Brasil Telecom) e para a telefonia móvel ( R$ 600 milhões, para melhorar a qualidade do serviço, especialmente, na 3G), além de aportes em TI por conta da integração com a Brasil Telecom. Apesar de não falar de planos financeiros para 2010, a concessionária admite que o mercado corporativo, enfim, passará a ter uma atenção especial.

“Temos um backbone corporativo nacional e uma rede internacional, a Globonet, com a incorporação da Brasil Telecom. Em 2010, com certeza, vamos concorrer com os nossos rivais pelos clientes empresariais. Hoje, a receita desse segmento ainda é pequena na Oi – cerca de R$ 2 bilhões dentro dos R$ 30 bilhões arrecadados. Vamos ampliar esse percentual certamente”, disse o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Alex Zornig, que nesta quinta-feira, 22/10, participou da teleconferência de divulgação de resultados do terceiro trimestre.

Ele revelou ainda que a operação de São Paulo – ativada em outubro de 2008 – atingirá o ponto de equilíbrio no primeiro trimestre de 2010. A Oi investiu R$ 750 milhões no Estado e já conquistou 4,5 milhões de assinantes, e um market share acima de 10%.

Na ordem do dia da Oi está a banda Larga. “Vamos melhorar a capacidade de serviço da nossa rede 3G. Não vamos investir apenas na ampliação da cobertura. Aliás, ao contrário dos nossos concorrentes, enxergamos a 3G como complementar à banda larga fixa”, destilou o diretor de Finanças da operadora.

A integração com a Brasil Telecom – iniciada em janeiro – segundo ainda o executivo da Oi – está 70% concretizada. “Os 30% restantes estão dentro do previsto. É uma sinergia que envolve a área de TI e grandes investimentos na área. Na verdade, sofremos com as dores da integração”, observa Zornig.

Com relaçao ao DTH – serviço de TV por Assinatura via satélite – a Oi entrará em novembro com serviços no Paraná. Hoje, a tele já atua no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo Zornig, em 2010, a cobertura estará em todo o pais – com exceção de São Paulo.

“Ficamos fora de São Paulo porque acreditamos na oferta de pacote banda larga – fixa e móvel, telefonia e TV. E só temos móvel e 3G no estado”, explicou o executivo. Segundo a Oi, até o momento, a empresa – que não tem a programação da Globo na grade – já soma 132 mil assinantes. Zornig não deu estimativas, mas garantiu que a adesão é ‘muito superior do que era esperada’.

Balanço

No terceiro trimestre, a Oi registrou a entrada de 7,5 milhões de novos usuários no período de 12 meses encerrado no fim de setembro, ampliando sua base para cerca de 60,5 milhões de clientes, crescimento de 14,2% em relação à base pro forma de setembro de 2008. Desse total, 21,4 milhões estavam em telefonia fixa, 34,8 milhões em telefonia móvel e 4,1 milhões em banda larga fixa. Os números estão consolidados com os da Brasil Telecom, adquirida em janeiro de 2009.

De janeiro a setembro, a Oi obteve receita bruta de R$ 34 bilhões, 4,7% acima à de igual período do ano passado. Nos nove primeiros meses, o Ebitda recorrente (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 7,5 bilhões. No terceiro trimestre, o Ebitda consolidado recorrente chegou a R$ 2,6 bilhões, com margem recorrente de 35,1%.

No terceiro trimestre de 2009, a Oi investiu R$ 1,3 bilhão, 43,1% superior do que no trimestre anterior – sendo 54% na telefonia fixa, principalmente nos serviços de banda larga, e 46% para a telefonia móvel, voltados para expansão e qualidade da rede. Até setembro, o aporte ficou em R$ 3,2 bilhões.

Nesse período, a dívida líquida da Oi era de R$ 21,1 bilhões, contra R$ 21,6 bilhões do fim de junho. A redução se explica, principalmente, pela geração de caixa no trimestre, que permitiu amortizar algumas parcelas da dívida. Além disso, a valorização do real frente às outras moedas no período reduziu o custo da pequena parcela da dívida ainda exposta à variação cambial.

Vivo quer o fim da reserva de frequências no Brasil

19 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Vivo quer o fim da reserva de frequências no Brasil

A banda H, da Terceira Geração, reservada para um possível novo concorrente pela Anatel, deveria ser licitada para os atuais fornecedores o quanto antes, afirmou o presidente da Vivo, Roberto Lima, em entrevista à CDTV, do Convergência Digital.

Segundo ele, não há razão para buscar um novo entrante no País neste momento, em que há falta de espectro para a oferta de serviços de qualidade, especialmente, na banda larga móvel. O executivo também pediu uma Anatel mais ágil com relação às licitações de frequências.

A banda H, com 20 MHz – 10 MHz/10 MHz -, não foi licitada em dezembro de 2007 porque a Anatel decidiu reservá-la para um possível novo concorrente. Este ano, no entanto, com a explosão da banda larga móvel, a agência chegou a especular, em julho, que poderia tratar do tema rapidamente e determinar se a faixa pode ou não ser repassada para as atuais operadoras. Mas, até o momento, não houve qualquer posição do órgão regulador.

A demora da Anatel em deliberar sobre a faixa de 2,5 GHz também foi criticada. “Não podemos levar tanto tempo para uma decisão”. No tema Banda Larga, Lima endossou a defesa feita pelo diretor de Planejamento Estratégico da Oi, João de Deus.

“Geramos milhares de empregos, investimos no País e acreditamos que o respeito é a base de todo e qualquer diálogo”. Lima participou do Fórum Telebrasil, realizado nesta sexta-feira, 16/10, no Futurecom 2009.

Fonte convergenciadigital


Nova especificação Wi-Fi permite conexão direta entre equipamentos

16 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Com mudança, produtos sem fio podem se conectar sem passar por pontos de acesso, assim como ocorre na tecnologia bluetooth.

Apelidado Wi-Fi direto, a especificação vai deixar laptops ou smartphones se conectar diretamente com outros dispositivos sem fio.

Apesar de elogiado por alguns como fazendo Wi-Fi “mais fácil”, o que a especificação realmente faz é torná-lo mais disponível. Isso porque o rádio Wi-Fi em seu laptop não vai precisar de um ponto de acesso ou um hotspot para se conectar com impressoras sem fio, câmeras, projetores, sensores ou telas de plasma.

“Ele pode revolucionar o que as pessoas fazem com ele”, diz Edgard Fernandes, diretor-executivo, Wi-Fi Alliance, o grupo da indústria que cunhou o termo que agora é uma abreviação amplamente utilizado para redes de rádio com base no padrão IEEE 802.11. Os membros da Aliança, que incluem a Cisco, Intel e outros pesos pesados, têm desenvolvido Wi-Fi direto desde o ano passado como uma forma de permitir que um usuário com uma conexão Wi-Fi possa criar sua própria rede de área pessoal (PAN).

Wi-Fi direto configura um processo de negociação da conexão, resultando em uma relação mestre-escravo, com um dispositivo que tem o papel de “dono do grupo” para um bando de dispositivos Wi-Fi conectados juntos. O proprietário do grupo controla o domínio, administra-o, e pode conceder ou encerrar conexões Wi-Fi.

Os documentos finais do Wi-Fi direto estarão prontos antes do final deste ano, e a previsão é que os produtos sejam certificados já em meados de 2010.

Plano Nacional de Banda Larga: governo quer diálogo com empresas e a sociedade civil

16 de outubro de 2009 1 comentário

O Plano Nacional de Banda Larga que vem sendo costurado pelo governo não será fechado antes de um “debate mais amplo” com empresas e sociedade civil, e o backhaul a ser previsto é de 64 Mbps. Essas foram as principais revelações feitas pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Daniel Barcelos Vargas, durante sua apresentação no Futurecom, nesta quarta, 14 de outubro. Perguntado sobre o formato do debate − se audiências públicas, consulta pública, etc. −, o ministro afirmou que isto ainda não foi definido e também estará previsto no documento que vem sendo trabalhado pelo grupo interministerial instituído pela Presidência da República.

“O plano vai resultar de debates entre governo, empresas e sociedade civil. O fato de haver um grupo onde não há ainda representação da iniciativa privada não significa que seja apenas um plano do governo”, afirmou Vargas. O plano vai ser a “enzima que deve ativar o debate do país sobre inclusão digital”, completou o ministro.

Ele afirmou que as empresas serão incluídas no debate − “empresas e Estado não são adversários; a relação deve ser complementar e harmônica” − também em função da necessidade de financiamento da banda larga. “Para a banda larga no Brasil alcançar níveis dos EUA e da Inglaterra, seriam necessários de U$ 100 a 300 bilhões”, informou o ministro, complementando que o “plano não vai abrir mão da iniciativa privada”.

Vargas adiantou, no entanto, que o documento preverá mecanismos que possibilitem ao Estado atuar. “O Estado não vai atuar arbitrariamente. Ele pode usar redes que possui para atuar no que for estritamente necessário”, disse. Perguntado sobre o que seria estritamente necessário, Vargas foi vago, mas adiantou que uma das situações seria a de promover, na prática, o unbundling [aluguel de partes das redes de telecomunicações para provimento de serviços] e, assim, reduzir os custos de interconexão.

A taxa de 64 Mbps por município para o backhaul, anunciada pelo ministro, surpreendeu não só por ser maior do que os 8 Mbps previstos no Plano Geral de Metas de Universalização, mas também por exceder os números de capacidade da rede da Eletronet − vinha-se comentando uma taxa de 40 Mbps para a rede estatal.

Vargas avisou que a lógica do plano será a de levar a infraestrutura de banda larga principalmente aos locais que ainda não têm, para estimular o desenvolvimento local, citando dados do Banco Mundial que indicam que um aumento de 10% no acesso à banda larga significa aumento de 1,38% no PIB per capita anual. “Nos últimos 28 anos, o crescimento anual do PIB per capita tem sido de 0,55%”, lembrou o ministro, citando dados do Ipea.

Apesar de citar a preocupação com o desenvolvimento local, o palestrante não adiantou, no entanto, como os municípios seriam contemplados no plano nem como as cidades digitais serão estimuladas e informou que o documento ainda não está completo, tendo ainda vários pontos a serem definidos. “O plano dará os indícios, os primeiros elementos, apontará o caminho”, disse. “O presidente Lula determinou que o plano seja colocado em prática em alta velocidade”, lembrou o ministro, admitindo, no entanto, que a implementação das diretrizes do plano levará mais tempo.

Declarada guerra no mercado de modems 3G

15 de outubro de 2009 Deixe um comentário

O tempo esquentou ainda mais no já aquecido mercado de modems 3G. E o termômetro daquilo a que poderemos assistir nos próximos meses será a TIM. A nova política de diversificação de oferta implantada pelo seu presidente, Luca Luciani, chega com força total ao mercado de modems 3G nos próximos meses. E a entrada de novos fornecedores, como a Nokia e Motorola, já vem há alguns meses apimentando as concorrências para fornecimento de produtos.

“Cotamos Nokia e LG, mas elas não chegaram a ter margem para competir com as chinesas”, disse Rafael Marquez, gerente de Criação de Serviços e Gerenciamento de Terminais da TIM. Uma nova cotação será feita antes do fim do ano.

Na Nokia, uma fonte confirma a entrada da empresa no mercado de modems 3G. A primeira operadora a oferecer o produto deverá iniciar as vendas nos próximos dias. A estratégia da empresa é, como a da TIM, diversificar o portifólio de ofertas para as operadoras parceiras. E o diferencial estará no design, bastante compacto.

As chinesas Huawei e ZTE China (que fornece componentes e fabrica para a Onda, hoje dona de 50% do market share da TIM em venda e base instalada, e querendo mais) lutam pela liderança. Na Onda, a ordem é cerrar fileiras junto à ZTE Brasil para bater na Huawei. Exemplos de quão agressiva a parceira será já estão visíveis no Futurecom.

Durante o lançamento de novos celulares, a ZTE Brasil garantiu já ter 70% de participação no mercado brasileiro de modems 3G. E pretender manter a liderança em 2010 com o lançamento de produtos inovadores, como o modelo 3G com recebimento do sinal de TV digital. Não por acaso, projeto de engenharia da parceira Onda, que já tem o produto pronto, em demonstração one seg no seu estande e no da TIM. A chegada deste modelo ao mercado está prevista para o primeiro trimestre de 2010, segundo Bruno Giacometti, porta-voz da Onda. O preço deverá girar em torno de US$ 150 para o consumidor final. Mas isso depende da TIM e dos planos para oferta do serviço, que ainda não tem valores fechados.

Onda forte

Empresa italiana, a Onda chegou ao mercado brasileiro há dois anos com a missão de atender prioritariamente a TIM. Começou com produção local com a Celestica, mas foi obrigada a importar 100% do que fornecia após o fechamento da parceria em meados deste ano. Agora se prepara para anunciar nova parceria de produção local, ainda em negociação. Razão pela qual o nome não pode ser revelado. A ZTE Brasil pode ser parceira de fabricação também aqui no Brasil, para produtos em comum. Mas não está descartada fabricação própria para produtos exclusivos. Os planos são agressivos. Tanto que a expectativa é de que em cinco anos a unidade Brasil represente 30% da receita da Onda mundial, que faturou 100 milhões de euros em 2008. E, para isso, ela quer expandir sua atuação para outras operadoras e vender diretamente no varejo.

Ao contrário da parceira e das concorrentes, a Onda escolheu trabalhar inicialmente no Brasil em apenas um segmento – o de modems para acesso internet banda larga, em 7.2 -, deixando de lado o mercado de aparelhos, no qual pode estrear a partir do primeiro trimestre de 2010, com um modelo Android, segundo informou Vincenzo Di Giorgio, presidente e CEO/Latam.

A empresa também se prepara para mostrar que o modem 3G pode fazer mais do que o simples acesso à internet, investindo na inclusão de serviços agregados, em consonância com a estratégia da TIM, que já há algum tempo tem investido na oferta de pen modems com a possibilidade de entrada de chips de memória, transformando-os em pen drives. TIM e Onda investirão ainda na oferta de modems com design diferenciado. Nos próximos dias, a TIM começa a vender o modem customizado da Onda com design da italiana Ducati, e velocidade de 7.2, que deverá ser concorrente direto do modem da Nokia.

Outros dois lançamentos da TIM serão feitos ao longo dos próximos meses: o modem 3G com TV Digital, também da Onda e outro com videochamada, transversal. A Tim incluirá o serviço nos modens Huawei, Onda e o que mais vier a ter. A empresa ainda estuda a oferta, também com a Onda, de um modem 3G com serviço VoIP agregado.

Em demonstração no estande da Onda, o modelo VoIP instala um teclado virtual e um software VoIP para uso de voz sobre IP em ligações internacionais no modelo do Skype, em parceria com a FooCall. Segundo Giacometti, o argumento de negociação com a operadora é o de revenue share da receita VoIP, além da vantagem de não ver seu usuário abandonar o celular e recorrer à telefonia fixa para ligações internacionais.

Brasil ainda não está preparado para banda larga móvel

15 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Durante a mesa-redonda no Futurecom 2009, fabricantes, operadoras e órgãos públicos atribuem o despreparo à falta de incentivo governamental eà pouca experiência do setor privado em relação ao modelo de negócio da internet oferecido no País.

Internet pelo celular deve chegar a 60 milhões em 2014


No seminário “A Evolução Da Banda Larga no Brasil e seus Impactos nos Negócios Atuais e Futuros”, executivos da Vivo, Qualcomm, Huawei, Ericsson, Nokia Siemens, IBM, Acision e representantes da Embratel e Ministério das Comunicações chegaram ao consenso de que as operadoras e empresas no Brasil ainda precisam aprender a lucrar com internet móvel.

Outro ponto negativo citado para o desenvolvimento dos negócios é a falta de um serviço de transmissão eficiente no País. Segundo Ricardo Fernandez Pereira, gerente de marketing da Embratel de SME, ainda existe uma necessidade forte de investimentos para o setor de infraestrutura. “Em internet existem dois eixos: a massificação e a evolução de uso da banda larga. Nos dois casos é fundamental o desenvolvimento da transmissão para o uso qualitativo”.

“A qualidade e capacidade no Brasil, se comparada a taxa cobrada é muito inferior”, essa afirmação vem do gerente-geral de certificação e engenharia do órgão regulador, Francisco Carlos Giacomini Soares, que deu como alternativa para suprir a carência de espectros o uso do 450 Mhz como estratégia B. “Não podemos esquecer da parte regulatória que também é importante para o desenvolvimento”, completa.

Com o crescimento do uso da internet móvel no País, é abrangente a existência de problemas com o modelo de planos comercializados, por causa, também, do desconhecimento das operadoras. Para Rafael Steinhauser, presidente da Acision na América Latina, a forma como a banda larga é comercializada nacionalmente está fora dos padrões do mundo. “O ideal é equalizar aquilo que é oferecido com o que é pago”, propõe.

Junto com os preços elevados dos serviços e a intensidade de tributos cobrados pelo governo, as operadoras demonstram dificuldades em tirar proveito dos aplicativos disponíveis. Steinhauser constata que as companhias precisam aprender a transformar os recursos existentes em serviços de valor agregado, como é o caso dos pagamentos bancários pelo celular. “Para isso acontecer, o governo deve incentivar com as definições rápidas dos espectros”.

Mesmo que a disponibilidade de aplicativos seja imensurável, para o executivo de desenvolvimento de negócios da IBM, Roberto de Athayde Vicente, as operadoras precisam conhecer seus clientes. “Ter controle da rede e do usuário é muito importante”.

Com relação a infraestrutura, o executivo da IBM enfatiza como a influenciadora direta no lucro de valor agregado para as operadoras e “sem uma boa rede, as empresas matam seus serviços”. “Mas, será que só a velocidade é suficiente? Preços e outros serviços como LDA também são importantes, principalmente para manter os clientes”, define.

Operadoras
Em um dos cantos do ringue, Paulo César Pereira Teixeira, vice-presidente executivo de operações da Vivo, aponta que, apesar da companhia atender 560 municípios brasileiros e ter aumentado as vendas de smartphones nesse ano, o grande problema são as questões tributárias. “A internet é sinônimo de produtividade e não investimos mais no Brasil por causa dos impostos”, alega.

“Estamos realizando uma ampla consulta para enriquecer o Plano Nacional de Banda Larga”, se defende o representante do Ministério das Comunicações, Átila Augusto Souto. Ele também usa como prova do empenho do governo, o convite das operadoras em participar do plano de melhorias, o qual todas foram representadas pela TeleBrasil.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Huawei, o resultada indica que até 2011, serão 20 milhões de assinantes de banda larga móvel e, na Copa do Mundo, em 2014, chegará a mais de 60 milhões. Segundo o diretor de soluções e marketing da fabricante, Marcelo Motta, para o Brasil a grande solução será a utilização do LTE. “Serão milhares de pessoas conectadas ao mesmo tempo na Copa e nas Olimpíadas e o País não pode dar vexame”, alerta.

Banda Larga móvel cresce 34% em seis meses

14 de outubro de 2009 Deixe um comentário

A 12ª edição do Baromêtro Banda Larga Cisco/IDC revela que a banda larga móvel foi o serviço de acesso com resultado mais expressivo de crescimento nos últimos seis meses. Em junho, foram contabilizados 2.668 milhões de acessos. Em dezembro, esse número estava em 1,988 milhão. O índice é dobro do obtido nas outras tecnologias de acesso – IP dedicado, ADSL, cabo, wireless fixo e satélite, onde o incremento ficou em 16%.

“A banda larga móvel cresceu significativamente apesar de ter caído percentualmente em relação ao período de junho da dezembro de 2008,mas ela mostrou uma força significativa e mostra que virou um negócio essencial para as teles”, destacou Rodrigo Abreu, presidente da Cisco do Brasil, que divulgou os resultados do Barômetro nesta quarta-feira, 23/09.

Como a Anatel interviu no mercado – as operadoras móveis pisaram no ‘freio’ e reduziram as vendas em função da degradação dos serviços nos últimos dois meses, Abreu foi indagado se o segundo semestre poderia vir a ter uma queda na área. Para o presidente da Cisco Brasil, esse tipo de intervenção não deve alterar o ritmo de crescimento da tecnologia.

“Com certeza a banda larga móvel foi incorporada pelo brasileiro e as operadoras se mexem para melhorar a infraestrutura”, destacou Abreu. Para ele, como houve uma mudança no mercado de fornecedores de tecnologia, hoje, não é preciso esperar de um a dois anos para melhorar uma rede. A atualização, normalmente, ocorre num período de três a seis meses.

O Barõmetro contabiliza como banda larga móvel, os acessos à Internet feitos por desktops, notebooks e netbooks. Não leva em consideração, por razões de estratégia, do acesso à Internet por meio dos dispositivos móveis. O levamento constatou que de em junho, o Brasil contabilizava 13,6 milhões de conexões banda larga, sendo que 2,6 milhões advindas do serviço 3G.

Governo quer Adotar a faixa de 2,5 GHz no plano de banda larga e pede para Anatel frear processo

6 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Referencia convergencia digital

Além da infraestrutura por redes de fibras óticas, o Plano Nacional de Banda Larga, que o presidente Lula quer ver pronto até meados de novembro, vai exigir uma melhor coordenação de iniciativas que tenham impacto no acesso dos brasileiros à internet.Por isso, até a distribuição de radiofrequências terá que ser integrada ao projeto e a primeira medida do governo nesse sentido foi pedir à Anatel que não tenha pressa em fazer o leilão da faixa de 2,5 GHz, atualmente em consulta pública aberta pelo órgão regulador.

Afinal, como defendem os interessados, trata-se de uma faixa do espectro ideal para a transmissão de grande quantidade de dados, cobiçada tanto pelos operadores de MMDS, que esperam oferecer banda larga via WiMAX, quanto pelas operadoras móveis, para quem a frequência é importante para ampliar o mercado 3G. Mas o esforço do governo deve se estender para outras faixas, como a de 450 MHz, cuja previsão do Ministério das Comunicações é ser destinada para levar acesso às áreas rurais do país.

Além disso, começam a ser discutidas eventuais alterações na Lei Geral de Telecomunicações, o marco regulatório do setor, uma vez que a própria regra prevê sua revisão periódica. Dentro do grupo criado pelo presidente para costurar o Plano Nacional de Banda Larga, um subgrupo ficará especialmente dedicado para pensar nessas eventuais mudanças, assim como no uso de diferentes radiofrequências.

Não é certo ainda, porém, que esse lado das medidas esteja pronto na data prevista pelo presidente Lula. Caso isso não aconteça, o mais provável é que o governo avance logo no que está mais adiantado – ou seja, na própria infraestrutura – e deixe para incorporar mais tarde a parte regulatória e que envolve engenharia de espectro.

Até porque pelo menos na parte da infraestrutura, o Plano vai avançado. A intenção é se valer da vasta rede de fibras óticas da Eletronet e de estatais como Petrobas, Chesf, Furnas – uma teia de 31,4 mil km que passa por 4,2 mil municípios em 24 unidades da federação. Como esse grande backbone já existe, a primeira meta no campo da infraestrutura é conectar a essa rede municípios que estão a até 100 km das fibras – e é isso que se calcula em R$ 1,1 bilhão.

Essa conta, porém, pode chegar a R$ 3 bilhões caso o próprio Estado tenha que arcar com o custo de instalação dos acessos. Mas o plano principal ainda é contar com a participação da iniciativa privada nessa parte, seja pelas operadoras de telefonia ou pequenos provedores de internet. Nesse caso, seriam negociadas trocas: o governo abre seu backbone e backhauls e as empresas fornecem acesso gratuito a delegacias, hospitais e postos de saúde, escolas rurais, etc.