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Posts Tagged ‘WiMAX’

Modernização da gestão pública e inclusão digital

26 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Cidade do interior do Espírito Santo começa a planejar projeto

Em dezembro os moradores de Nova Venécia, cidade de 46 mil habitantes localizada no norte do Espírito Santo, poderão navegar pela internet gratuitamente e desfrutar de melhorias na administração pública, que passará a contar com inovações. Naquele mês começa a funcionar o piloto do projeto Nova Venécia Digital, que já está sendo articulado pela prefeitura. No momento, o poder público está elaborando os editais, a serem lançados nas próximas semanas.

Segundo Rogério Queiroz, diretor de tecnologia da prefeitura, o Nova Venécia Digital será construído em duas frentes. Uma, voltada para a modernização da administração, com a substituição de máquinas, o uso de novas tecnologias para melhorar a comunicação entre as secretarias e prédios públicos e programas que agilizem a tomada de decisões, além da construção de uma rede de fibra ótica. A outra vertente será a de inclusão digital. O sinal de acesso à internet utilizado pela prefeitura será distribuído gratuitamente aos morados via Wi-Mesh. As especificações dos projetos, contudo, ainda estão sendo estudadas.

“O parque tecnológico da prefeitura hoje está defasado, precisando de atualização”, diz Queiroz. “E o acesso à rede na cidade é muito caro e ruim. Por isso vamos agir para melhorar esses dois aspectos”. O diretor afirma não ser possível ainda estabelecer uma data para o lançamento dos editais, pois alguns estudos estão em andamento. Contudo, garante que a intenção é divulgá-los a tempo de ter um projeto piloto funcionando em dezembro. O formato deve beneficiar entre 100 e 200 famílias neste primeiro momento. E adianta: “Teremos dois telecentros para quem não pode ter computador em casa e investiremos também em segurança, instalando câmeras, e em economia, com  telefonia via IP.”

“Não bastará ao município a abertura do sinal de internet para todos. Haverá o envolvimento da comunidade  para que seja implantado  um sistema desse nível”, afirmou o prefeito, Wilson Japonês.

Apesar de muito ainda estar sendo pesquisado e planejado, parte do projeto já saiu do papel. Em julho, oito mil alunos da rede municipal de ensino receberam kits educacionais compostos por livros e CDs. O material servirá de apoio eletrônico às aulas nos laboratórios de informática das escolas. As 35 unidades de ensino municipal já contam com acesso à internet via Wi-Fi e estão interligadas à Secretaria de Educação.

Os professores também foram agraciados com kits, fornecidos pela Microkids. A empresa, especializada em informática educacional, realizou oficinas de capacitação com os docentes para expor metodologias de ensino com uso das novas tecnologias. De acordo com a prefeitura, o uso intensivo de laboratórios de informática é uma novidade nas escolas municipais. Anteriormente, apenas os alunos de unidades particulares tinham acesso a essa metodologia.

O motor da economia veneciana é o café, que ocupa 20 mil hectares do município. A pecuária de corte e de leite é outro importante produtor de riquezas. O acesso à internet, porém, ainda é um problema na pequena cidade, pois o custo é muito alto. Segundo Queiroz, uma conexão de 300 Kbps custa cerca de R$ 50. “Isto para o acesso residencial. Quando falamos no empresarial, é ainda mais oneroso”, garante. Por isso, o projeto da prefeitura é visto com bons olhos na cidade.

fonte guia cidades digitais

BH inaugura novo hotspot para conexão gratuita à internet

24 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Em 2007, a prefeitura de Belo Hprizonte assinou, com o Ministério das Comunicações, um convênio para a implantação de uma rede WiMAX na cidade. Ontem, com a presença do ministro das Comunicações, Hélio Costa, e do prefeito da cidade, Márcio Lacerda, foi inaugurado mais um hotspot — ponto de conexão à internet, por meio da rede sem fio — disponíveis na cidade. Agora, são 13 os pontos ativos, em praças, parques e prédios públicos e nas vilas do Cafezal e Papagaio.

Nos últimos dois anos, 5 mil moradores da cidade se cadastraram para usar o serviço, disponível gratuitamente, por duas horas a cada dia, para cada cadastrado. O convênio com o Ministério das Comunicações, de R$ 3,7 milhões, se concluiu com a implantação de 12 torres de transmissão sem-fio, que cobrem 95% da área da cidade. Para prover cobertura total, a todos os cidadãos, ainda é necessário implantar pontos de rede em áreas de sombra. Belo Horizonte é uma cidade acidentada, por isso foi uma das escolhidas para testar a rede WiMAX.

De acordo com a prefeitura, a área de cobertura da rede de comunicação é de 340 quilômetros quadrados, inclusive locais de grande concentração popular, como o Parque Municipal, a Praça da Liberdade, a Rodoviária, a Praça da Pampulha, o Parque das Mangabeiras, além das comunidades Aglomerado Cafezal e Vila Papagaio, e das praças Sete de Setembro e da Estação.

Programa BH Digital
A instalação de pontos de conexão nessas 13 localidades permite o acesso livre à população em geral. Além disso, dentro do Programa BH Digital, cerca de 400 órgãos públicos e associações de bairro, igrejas, organizações não-governamentais, escolas e postos de saúde, 150 telecentros e Postos de Internet Municipais estão conectados. A infra-estrutura da rede sem fio em Belo Horizonte é composta por nove estações de rádio base central, com torres de 30 metros de altura distribuídas pelo município. O acordo de cooperação da prefeitura com o Ministério das Comunicações permite que ambulâncias tenham conexão à rede de seus equipamentos de voz, dados e imagem. O backbone de fibras ópticas é o da Prodabel, empresa de processamento de dados do município. O investimento total no Programa BH Digital será de R$ 30 milhões. Ele deverá chegar a 50 hotspots até 2012, além de mais de 600 órgãos públicos e entidades ligados à rede mundial de computadores.

Modelo

Ainda não há, de acordo com Silvana Veloso, diretora de Inclusão Digital da Prodabel, um modelo de como a prefeitura vai manter o serviço de conexão — se vai ou não ser sempre gratuito, ou se vai se cobrar e como, por exemplo. “Ainda é preciso haver um debate na cidade sobre isso”.  A experiência de Belo Horizonte, no entanto, tem algo a oferecer à discussão sobre como se fazer um Plano Nacional de Banda Larga. Silvana acredita que a recuperação, para o poder público, das fibras da Eletronet, que estão sem uso, é fundamental. E as parcerias, também. “Temos interesse em integrar esta rede, quando estiver operando, à nossa”, explica ela.

Internet via satélite acelera desenvolvimento do Amazonas

17 de outubro de 2009 3 comentários

Quatro municípios já integram a rede e mais de 80 mil pessoas já acessam a internet para atividades relacionadas a serviços do Estado e também educacionais.

O interior do Estado do Amazonas pode não estar tão longe e isolado assim. Já está em operação em quatro dos 61 municípios do Estado, o projeto Amazonas Digital, que leva a tecnologia wireless para acesso à internet. Esta tecnologia, fornecida pela HUGHES e pela PRODAM, para a SEPLAN – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Estado deve proporcionar, até o final deste ano, internet para cerca de 75% da população.

O projeto vai formar uma rede municipal de comunicação conectada via satélite com a capital Manaus. O objetivo é modernizar o governo estadual e democratizar o acesso à internet. Segundo a SEPLAN, cerca de 80 mil pessoas já estão acessando a internet por este serviço nas cidades de Manacapuru, Tabatinga, Tefé e Itacoatiara.

A iniciativa prevê a iluminação de todos os municípios com sinal sem fio de internet que chegará via satélite e será retransmitido via WiMAX. A instalação teve início pelos municípios mais populosos, depois serão atendidos aqueles com maior potencial turístico. O objetivo deste projeto é facilitar a implantação dos processos de modernização do governo estadual, democratizar o acesso aos dados do Estado e facilitar a comunicação dos municípios entre si com a capital.

“Nós governamos um Estado imenso, que possui dimensões continentais e essa tecnologia vai ser muito útil. Por meio dela, teremos plena governabilidade em todo o território amazonense e isso facilitará o controle e a tomada de decisões em todas as áreas, seja saúde, educação, segurança pública e até mesmo o controle ambiental”, ressalta o governador do Amazonas Eduardo Braga.

Os benefícios educacionais e informativos que a internet está proporcionando já se materializaram, uma vez que entre os conteúdos mais acessados estão os serviços fornecidos pelo Estado, como inscrições em concursos, consultas a CPF entre outros. A utilização da internet como fonte de pesquisa para atividades escolares é outro grande foco de interesse da população.

Em Tefé, a internet já proporcionou a redução de custos para a população, pois os serviços oferecidos são gratuitos, afirma Frank Queiroz, diretor da Câmara Municipal da cidade.  “Além dos 80 funcionários e 10 vereadores com acesso a internet, a cidade terá, ainda esse ano, um centro de atendimento ao cidadão, com serviços jurídicos e atendimento especial a mulheres e idosos. Esse telecentro irá facilitar a rotina de trabalho da Câmara,” afirma Queiroz.

Já em Maracapuru, o governo montou um telecentro com 10 computadores para atender a população diariamente e sem nenhum custo. “A demanda é bastante intensa. Já chegamos a ter 100 usuários num único dia e já existe espera em algumas ocasiões”, explica o coordenador do telecentro, Arnaldo Costa Campos.

As imensas possibilidades da internet via satélite entusiasmam o governo. “Poder levar a conectividade aos municípios foi uma ótima surpresa. Com certeza, este acesso está ajudando muito no crescimento do Estado” afirma o governador Eduardo Braga. Este entusiasmo também é reforçado pelo diretor da SEPLAN, que destaca a usabilidade como aumento considerável no desenvolvimento econômico do estado e da população do Amazonas.

Amazonas Digital

O projeto teve início no final de 2008, com o contrato firmado entre a HUGHES e a PRODAM – Empresa de Processamento de Dados do Estado do Amazonas. A iniciativa prevê a iluminação de todos os municípios do interior do Estado com sinal sem fio de internet, que chegará via satélite e será retrasmitido via WiMAX. O cronograma prevê que toda a instalação seja concluída em 36 meses. Na primeira fase, 15 municípios receberão a infraestrutura prevista, o que inclui rede wireless conectando os órgãos públicos, um telecentro com 10 computadores e um hotspot.

Além dos moradores dos 61 municípios que receberão essa tecnologia, órgãos e secretarias municipais e dos Governos Estadual e Federal e os pequenos empresários da região também serão beneficiados, pois os serviços públicos poderão ser disponibilizados online.

Apenas trinta empresas controlam um terço do tráfego mundial da internet

16 de outubro de 2009 Deixe um comentário

O foco das empresas agora é a produção de conteúdo em vez do provimento de conexão.

Mudanças na infraestrutura da internet e na economia, ocorridas nos últimos dois anos, estão causando uma maior concentração no tráfego de dados na Web. É o que afirma o estudo feito pela Arbor Networks e a Universidade de Michigan. Trinta empresas, chamadas por eles de “hipergigantes”, são responsáveis por um terço de todo o transporte de informações na grande rede.

Segundo o The Inquirer, o relatório 2009 Internet Observatory Report, que será apresentado nos EUA no próximo dia 19, na conferência North American Network Operators’ Group (tiny.cc/FqArE), é o resultado de uma pesquisa de dois anos que analisou 256 exabytes (1 exabyte equivale a cerca de 1 bilhão de gigabytes) de dados da Web que trafegaram por 110 operadores de Internet a cabo, redes regionais e provedores de conteúdo do planeta.

De acordo com o trabalho, a situação era bem diferente há cinco anos, quando o tráfego de internet era mais bem distribuído mundialmente, com dezenas de milhares de empresas gerenciando websites e servidores. Hoje, há somente um punhado de enormes provedores de conteúdo, acesso e hospedagem.

Craig Labovitz, cientista-chefe do grupo que fez a pesquisa, disse que, em 2007, metade do tráfego de internet era gerado por entre 5 e 10 mil companhias. Desde então, entretanto, ocorreu uma maior agregação de conteúdo e, agora, apenas 150 empresas, lideradas por gigantes como Google, Yahoo e Facebook, são responsáveis pela mesma quantidade de informações transmitidas.

Grande parte desse fenômeno pode ser atribuído às mudanças econômicas, que levaram ao colapso muitos dos serviços de provedoria, acesso e comunicação em massa de dados. Da mesma forma, observou-se uma ascensão dos modelos de negócio baseados em publicidade (dentro de websites). Labovitz explica a mudança:

“A internet era [o paradigma da] conectividade, uma malha de redes conectadas entre si. Ela era muito hierárquica, com o tráfego, e o dinheiro, indo diretamente para os provedores de acesso. Mas, agora, o conteúdo é mais valioso do que a conectividade.”

Outro efeito dessa mudança econômica é que, assim como a consolidação de conteúdo, grandes provedores, como o Google, estão estabelecendo relações diretas com os consumidores, passando por cima dos tradicionais fornecedores.

“Em seus primeiros 12 anos, a internet foi principalmente dar conexão a empresas e residências. Essa era a tecnologia e essa era a estória. Agora, a conectividade é onipresente e os preços estão caindo, e a inovação não está na conexão, mas no conteúdo – aproximando –a dos consumidores e dos negócios”, afirmou Labovitz.

O relatório destacou também a diminuição da quantidade de aplicações e protocolos de comunicação para a internet. Anteriormente, havia protocolos específicos para cada serviço, e a cada vez que se inventasse uma nova forma de transferir um arquivo ou enviar um streaming de áudio, por exemplo, um novo protocolo era criado. Hoje as coisas estão mais padronizadas, e os desenvolvedores preferem empregar um protocolo “famoso” do que criar o seu próprio, garantindo assim interoperabilidade.

As plataformas de desenvolvimento também estão em menor número. Se antes havia tantas plataformas quanto desenvolvedores, hoje a maioria já migrou para um pequeno número delas, sendo uma dos mais notáveis o Flash.

Labovitz vê com bons olhos as mudanças. “À medida que o conteúdo está ficando melhor e mais rápido, vai mudar a face da internet, o que é estimulante para as empresas e consumidores. Estamos entrando na segunda era da internet”, diz o pesquisador.

Referencia Luciana Alves geek

Nova especificação Wi-Fi permite conexão direta entre equipamentos

16 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Com mudança, produtos sem fio podem se conectar sem passar por pontos de acesso, assim como ocorre na tecnologia bluetooth.

Apelidado Wi-Fi direto, a especificação vai deixar laptops ou smartphones se conectar diretamente com outros dispositivos sem fio.

Apesar de elogiado por alguns como fazendo Wi-Fi “mais fácil”, o que a especificação realmente faz é torná-lo mais disponível. Isso porque o rádio Wi-Fi em seu laptop não vai precisar de um ponto de acesso ou um hotspot para se conectar com impressoras sem fio, câmeras, projetores, sensores ou telas de plasma.

“Ele pode revolucionar o que as pessoas fazem com ele”, diz Edgard Fernandes, diretor-executivo, Wi-Fi Alliance, o grupo da indústria que cunhou o termo que agora é uma abreviação amplamente utilizado para redes de rádio com base no padrão IEEE 802.11. Os membros da Aliança, que incluem a Cisco, Intel e outros pesos pesados, têm desenvolvido Wi-Fi direto desde o ano passado como uma forma de permitir que um usuário com uma conexão Wi-Fi possa criar sua própria rede de área pessoal (PAN).

Wi-Fi direto configura um processo de negociação da conexão, resultando em uma relação mestre-escravo, com um dispositivo que tem o papel de “dono do grupo” para um bando de dispositivos Wi-Fi conectados juntos. O proprietário do grupo controla o domínio, administra-o, e pode conceder ou encerrar conexões Wi-Fi.

Os documentos finais do Wi-Fi direto estarão prontos antes do final deste ano, e a previsão é que os produtos sejam certificados já em meados de 2010.

Banda larga móvel deve chegar a 60 milhões de acessos em 2014

16 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Segundo balanço da Huawei, a móvel deve ultrapassar a banda larga fixa em 2011, o que representa um atraso de três anos em relação à média mundial.

De acordo com o segundo Balanço Huawei de banda larga móvel, ela deve chegar a 60 milhões de acessos em 2014, impulsionado pela redução no preço dos aparelhos. O relatório foi realizado com informações fornecidas pelas operadoras do setor e baseadas em estatísticas oficiais de agências regulatórias como a Anatel e preparada pela Teleco.

O estudo também prevê que em 2011, a adesão à banda larga móvel deve ultrapassar a fixa, e isso representa um atraso de três anos em relação à média mundial. Outro fator, o qual o País está em posição inferior ao resto do mundo é o da densidade média em banda larga, para ambas as ofertas, já a densidade para celular, internet e fixos está num patamar acima da média global.

Em agosto deste ano, a banda larga móvel estava disponível para 64% da população e em 12% dos municípios brasileiros, com expectativa de terminar o período com 5,9 milhões de acessos, o que corresponde a 3,4% dos celulares no Brasil. Para cinco anos, a estimativa é de que 60% dos municípios e 88% da população sejam atendidos com o serviço móvel.

Segundo Eduardo Tude, presidente da Teleco, este será o serviço de maior crescimento no Brasil nos próximos anos, com aumento médio anual acima de 70%. “Queda dos preços dos smartphones devem impulsionar esse resultado”, afirma. Atualmente, a média de preços para pacotes de 500 MB está acima dos valores praticados em outros países, “o que é um dos principais empecilhos para a disseminação do uso da banda larga móvel”.

Tude ainda informou que o LTE (Long Term Evolution) deve estar disponível no País até 2014. “É como forma de suprir a demanda de acessos que ocorrerá nos eventos da Copa do Mundo, no mesmo ano, e sequencialmente as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro”, conclui.

Claro defende pacto para expansão da banda larga

15 de outubro de 2009 Deixe um comentário

É necessário estabelecer um novo pacto para a expansão da banda larga no Brasil. Foi isso que defendeu João Cox, presidente da Claro, em seu discurso no Futurecom, nesta quarta-feira, dia 14. Segundo ele, é preciso uma discussão “madura” envolvendo governo, iniciativa privada
e sociedade, em uma referência tácita à discussão que o governo vem travando, até agora sozinho, para a elaboração do Plano Nacional de Banda Larga.

Para o presidente da Claro, o debate passaria pela discussão de mudanças tributárias, de faixas do espectro radiofônico e pelo uso, tanto por parte do governo quanto da iniciativa privada, da infraestrutura ociosa já existente no Brasil – em mais uma referência tácita, desta vez à rede
da Eletronet, que vem sendo cogitada pelo governo federal como base do plano.

Segundo Cox, a banda larga móvel vai ser essencial na disseminação de banda larga não só pela facilidade de acesso, permitindo que a pessoa acesse de qualquer lugar, mas também pela maior penetração de laptops atualmente, em comparação com desktops, e pela maior penetração de
celulares com acesso à internet. Ele apresentou dados que dão conta de que, no Brasil, os acessos em banda larga cresceram 90% entre dezembro de 2008 e junho de 2009, passando de 800 mil acessos para 2,1 milhões.

Outro dado apresentado foi sobre a maior penetração, atualmente, das linhas móveis comparada à das linhas fixas. “Até fim de 2010, haverá 100% de penetração de celular”, prevê Cox. “Em 2009, há no Brasil 129 milhões de linhas móveis e 41,6 milhões de linhas fixas”, completou. No mundo, são 600 milhões de linhas móveis, contra 500 milhões de linhas fixas.

Para incluir a banda larga móvel na expansão da banda larga do País, seria necessário desonerar as empresas de telefonia, defendeu Cox, que lembrou o fato de o setor ter carga tributária de 50%, maior que a dos setores de perfumes, cigarros e munição. “Falar em expansão da banda
larga sem endereçar este tema é fazer sofisma de composição”, analisou o presidente da Claro.

Completando os pontos essenciais da expansão da banda larga estaria a disponibilização de faixas de frequência de radiofonia para as tecnologias 3G ou 4G, ainda não leiloadas. “Frequências mais baixas são melhores que as mais altas”, afirmou o presidente da Claro, lembrando que disso também vai depender a expansão da banda larga móvel, principalmente em áreas rurais.

Referencia guiadascidadedigitais

Brasil ainda não está preparado para banda larga móvel

15 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Durante a mesa-redonda no Futurecom 2009, fabricantes, operadoras e órgãos públicos atribuem o despreparo à falta de incentivo governamental eà pouca experiência do setor privado em relação ao modelo de negócio da internet oferecido no País.

Internet pelo celular deve chegar a 60 milhões em 2014


No seminário “A Evolução Da Banda Larga no Brasil e seus Impactos nos Negócios Atuais e Futuros”, executivos da Vivo, Qualcomm, Huawei, Ericsson, Nokia Siemens, IBM, Acision e representantes da Embratel e Ministério das Comunicações chegaram ao consenso de que as operadoras e empresas no Brasil ainda precisam aprender a lucrar com internet móvel.

Outro ponto negativo citado para o desenvolvimento dos negócios é a falta de um serviço de transmissão eficiente no País. Segundo Ricardo Fernandez Pereira, gerente de marketing da Embratel de SME, ainda existe uma necessidade forte de investimentos para o setor de infraestrutura. “Em internet existem dois eixos: a massificação e a evolução de uso da banda larga. Nos dois casos é fundamental o desenvolvimento da transmissão para o uso qualitativo”.

“A qualidade e capacidade no Brasil, se comparada a taxa cobrada é muito inferior”, essa afirmação vem do gerente-geral de certificação e engenharia do órgão regulador, Francisco Carlos Giacomini Soares, que deu como alternativa para suprir a carência de espectros o uso do 450 Mhz como estratégia B. “Não podemos esquecer da parte regulatória que também é importante para o desenvolvimento”, completa.

Com o crescimento do uso da internet móvel no País, é abrangente a existência de problemas com o modelo de planos comercializados, por causa, também, do desconhecimento das operadoras. Para Rafael Steinhauser, presidente da Acision na América Latina, a forma como a banda larga é comercializada nacionalmente está fora dos padrões do mundo. “O ideal é equalizar aquilo que é oferecido com o que é pago”, propõe.

Junto com os preços elevados dos serviços e a intensidade de tributos cobrados pelo governo, as operadoras demonstram dificuldades em tirar proveito dos aplicativos disponíveis. Steinhauser constata que as companhias precisam aprender a transformar os recursos existentes em serviços de valor agregado, como é o caso dos pagamentos bancários pelo celular. “Para isso acontecer, o governo deve incentivar com as definições rápidas dos espectros”.

Mesmo que a disponibilidade de aplicativos seja imensurável, para o executivo de desenvolvimento de negócios da IBM, Roberto de Athayde Vicente, as operadoras precisam conhecer seus clientes. “Ter controle da rede e do usuário é muito importante”.

Com relação a infraestrutura, o executivo da IBM enfatiza como a influenciadora direta no lucro de valor agregado para as operadoras e “sem uma boa rede, as empresas matam seus serviços”. “Mas, será que só a velocidade é suficiente? Preços e outros serviços como LDA também são importantes, principalmente para manter os clientes”, define.

Operadoras
Em um dos cantos do ringue, Paulo César Pereira Teixeira, vice-presidente executivo de operações da Vivo, aponta que, apesar da companhia atender 560 municípios brasileiros e ter aumentado as vendas de smartphones nesse ano, o grande problema são as questões tributárias. “A internet é sinônimo de produtividade e não investimos mais no Brasil por causa dos impostos”, alega.

“Estamos realizando uma ampla consulta para enriquecer o Plano Nacional de Banda Larga”, se defende o representante do Ministério das Comunicações, Átila Augusto Souto. Ele também usa como prova do empenho do governo, o convite das operadoras em participar do plano de melhorias, o qual todas foram representadas pela TeleBrasil.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Huawei, o resultada indica que até 2011, serão 20 milhões de assinantes de banda larga móvel e, na Copa do Mundo, em 2014, chegará a mais de 60 milhões. Segundo o diretor de soluções e marketing da fabricante, Marcelo Motta, para o Brasil a grande solução será a utilização do LTE. “Serão milhares de pessoas conectadas ao mesmo tempo na Copa e nas Olimpíadas e o País não pode dar vexame”, alerta.

Na Finlândia, Internet passa a ser direito básico

15 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Se 12º lugar no ranking de IDH, serviços públicos de ótima qualidade, e lindas loirinhas não eram suficientes para você considerar a Finlândia um dos países mais legais do mundo, aqui vai mais um motivo: a partir de julho de 2010, Internet será um direito de todo cidadão finlandês.

Segundo o IntoMobile, o governo assegurará a todos os moradores do país conexão de, no mínimo, 1 Mbps. A meta para 2015 é ainda mais ousada: 100 Mbps, e com a possibilidade de estender essas regras para a Internet móvel.

Com essa mudança, a Internet passa a ser tão importante e protegida, lá, quanto é o direito a saneamento básico, energia elétrica, educação, saúde, essas coisas todas que, no Brasil, para a maior parte da população, são meros enfeites na Constituição Federal. E isso significa que, embora seja um direito básico, assegurado legalmente, em tese pode não ser gratuito; o que o governo garantirá é a disponibilidade para todos.

Enquanto a França bane da Internet que faz download de MP3, os Estados Unidos brigam para definir o que “banda larga” realmente significa, e o Brasil… Bem, o Brasil patina na incompetência e ganância das grandes operadoras, a Finlândia, mais uma vez, dá exemplo. É um país bem pequeno, com pouco mais de 5 milhões de habitantes, mas onde as coisas funcionam – e, aparentemente, muito bem.

Apesar de todo o alarde da mídia, a Finlândia não é o primeiro país a estabelecer a Internet como direito básico. Antes dela, a Suíça, em setembro de 2006, fez o mesmo. A diferença é que na terra do relógio e do chocolate, a velocidade mínima é de 600 Kbps para download, e 100 Kbps para upload.

Livro Gratis Redes sem fio no Mundo em Desenvolvimento

14 de outubro de 2009 Deixe um comentário

o livro “Redes sem fio no Mundo em Desenvolvimento”, versão em português da publicação “Wireless Networking in the Developing World”, como parte do projeto que visa a implementação de projetos de infra-estrutura de comunicações sem fio em todo o mundo, fornecendo informações e recursos para a comunidade wireless.

Download WNDW

A tradução para o português foi feita por Cesar Brod e Joice Käffer, da Brod Tecnologia (www.brod.com.br). A obra possui tradução também nos idiomas inglês, espanhol, árabe, francês e italiano.

Segundo a equipe do WNDW, a estratégia de lançar o livro através de uma licença Creative Commons busca atingir uma audiência mais ampla, distribuindo o conhecimento sobre redes sem fio de baixo custo para aqueles que mais têm necessidade desta tecnologia.

Além de poder obter o livro gratuitamente (formato .pdf) ou encomendar uma cópia impressa, os interessados poderão participar de fóruns comunitários e materiais adicionais no portal http://wndw.net/.

A publicação deste trabalho tem o apoio do Centro Internacional de Desenvolvimento do Canadá, http://www.idrc.ca/. Apoio adicional foi fornecido por NetworktheWorld.org.